A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina
Na aventura de um pensamento
Que faz pensar que toda pedra voa
Na solidão de um coração gemendo
Quem chora triste nunca ri, à toa
E saberá o peso do tormento
Encontrará toda novilha boa
E pelos campos quem virá
Alegre quer dizer
Na vida todo dia passará
Louco quem virá ardendo de amor...
No quintal por trás de casa
Tem um pé de sonho
Que não para de florar
Florar a noite inteira
Cada sonho seu
Me faz sorrir e até cantar
Rua do Ouro, uma rua
Senhora nada adorada
Não é uma rua
É uma estrada
Cheia de casa do lado
Deixa eu falar desta rua
Que ninguém pode entender
Deixa eu dizer que ela é cheia
De ouro mas ninguém vê
Maria, Mariazinha, que outro dia se foi
Saiu cantando na estrada
Voltou chorando depois
Hoje ela canta sozinha
Chamando pelo luar
Hoje ela chora baixinho
Que é pra ninguém escutar
Que olhar escondes o viço
Dos teus olhos já sem cor
Também só tenho dois braços
Posso colher uma flor
Posso plantar uma rua
Na estrada que vês agora
Posso seguir pela estrada
Quando for chegada a hora
Tu és a maravilha singular
Do lugar
O céu, a terra, o mar
És o lugar
Quem te ensinou a ser
O céu e o mar
A me guiar, e descansar
E trabalhando sei o meu lugar
O chão, o ar
O lugar
Quem ouviu o passarinho cantar Ao meio-dia no silêncio de um lugar Sozinho e sozinho esperou Que a noite troxesse a esperança de um sonho E a companhia do luar
Sabe o tamanho da estrada que a frente Desaparece no mato sem fim Sem jamais enender o que alguém perdeu E perdeu e ficou assim
Assim eu sei, felicidade Não posso te encontrar Eu te quero eu te espero Mas sou eu que não posso voltar
Não não não passo A estrada velha de Santana Não não não quero O cemitério do Alecrim
Cada braço do riacho engana Traz na água uma cantiga assim Quem ouviu o passarinho cantar
De azul carinho
Vi a noite pintada
Fosse alegre, fosse ave soltando
Fosse triste, como ser virgem
Fosse linda, como a conquista
Das estrelas, das estrelas
De azul carinho
Veio o desenho pintado
Jeito de amar desesperado
Mais chorando que vivido
Como se vivê-la fosse não vê-la
Eu não vivo guardado em segredo
Nem no medo, um receio sequer
A não ser quando a morte vier
E me pegar sorrindo querendo ficar
Eu não sei viver de outro jeito
A não ser desse jeito
Destino cigano
Comigo não dá
Pra ficar amargando
Esperando o tempo passar
Até sonhando
E sem saber onde posso chegar
E ficar ...
Beleza só se tem, quando se acende a lamparina
Iluminando a alma, se entende a própria sina
E quando se vê o arame que amarra toda a gente
Pendendo das estacas, sob um sol indiferente
Beleza só depois, de uma sangria desatada
Aberta na ferida dos perigos do amor
E quando se afasta a sombra triste do remorso
Que faz olhar pra dentro para enfrentar a dor
Repara este silêncio que se estende na janela
Repassa o teu passado e come o lixo que ele encerra
Vagar sem remissão é também parte da questão
Juntar estas migalhas para refazer o pão
Não é da natureza que ele surge confeitado
Mas é desta tristeza, deste adubo de rancor
Beleza é o temporal que suja e corta uma visão
Esmaga qualquer sonho como um grito de pavor
Estou aqui, parado olhando o incêndio
Do alto do prédio, os rolos de fumaça
Vejo da janela dos meus olhos
Na cidade magoada a usina de sonhos tão parada
Vejo da janela dos meus olhos
Na cidade magoada a usina de sonhos esta tão parada
Entendo o fogo porque sou daqui
E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui
Eu sei quem acendeu essa fogueira que nos queima e não aclara
Nossa noite maior, mais verdadeira
Eu sei quem acendeu essa fogueira que nos queima e não aclara
Nossa noite maior, mais verdadeira
Entendo o fogo porque sou daqui
E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui
Os bombeiros todos ganham
Os trinta dinheiros pra aquecer o fogo
Mas eu vejo a chama e tremo, por que sou daqui
Entendo o fogo porque sou daqui
E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui
Pela luz que ilumina
O traçado e a triz
Não importa que seja de giz
Ela é como sempre eu quis
Rua aberta a caminho do mar
Meu amor você vai me encontrar
Numa rua qualquer por aí
Riso largo de tanto sorrir
Peito aberto de tanto de amar
Eu moro em Copacabana
Eu moro em Copacabana
Coração da América
Coração da América do Sul.
Eu sei que existe por ai uma andorinha solta
Procurando um verão que se perdeu no tempo
Cansou de herói do espaço
E quer a compania de outros pássaros
E que seu coração de ave,
não agüenta tanta solidão
Eu sei que eu ando por ai, sou andorinha solta
E nem sei a estação em que estou vivendo
Não quero ser herói de nada
Só quero a compania de outros braços
E que meu coração de homem, voa alto como um pássaro
Bate outra vez Com esperanças o meu coração Pois já vai terminando o verão, enfim Volto ao jardim, na certeza que devo chorar Pois bem sei que não queres voltar para mim
Queixo-me às rosas, mas que bobagem As rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti
Devias vir, para ver os meus olhos tristonhos E quem sabes sonhavas meus sonhos Por fim
Ai meu coração sem natureza
Vê se estanca essa tristeza que ilumina o escuro lar
O nosso amor é um escuro lar
Suspiro azul das bocas presas
O medo em minha mão que faz tremer a tua mão
Transpassa o coração, joga fumaça em meu pulmão
Silente esquina no Brasil
Nos verdes mares, calma lama, num desespero sem canção
Guarda o teu olhar de ave presa
Na toalha de uma mesa
Sem mirar a luz do sol, não há calor na luz do sol
O fim da festa é uma certeza
Te vejo em minha vida como um retrato marrom
São lembranças perdidas de um passado, e tudo bom
Brilha um punhal em teu olhar
Sinto o veneno do teu beijo
José Henrique Sarabia Rodrigues Versão : Fagner / Fausto Nilo
Ansiedade De ter-te em meus braços Murmurando palavras de amor Ansiedade De ter os teus encantos E tua boca voltar a beijar
Quem sabe estão chorando Meus pensamentos As lágrimas são pérolas Que caem no mar O eco adormecido Desse meu lamento Te fez estar presente No meu sonhar
Quem sabe estás chorando Ao recordar-me E aperte o meu retrato com frenesi E chegue ao teu ouvido A melodia selvagem Que é toda essa tristeza de estar sem ti
É, satisfeito da nova conquista
É, muito alegre de tanto te amar
Você só pensando na vida e nos saltos
Você só olhando no jeito meus passos
Como que me perguntasse
O que mais eu queria
Porque tudo acabava em silêncio
Eu te juro
Mas meu cigarro iluminava
Tua face quase triste de amar
Amei, eu amei, mas faz de conta
Que a vida é isto mesmo
Porque tudo acabava em silêncio
Eu te juro
Eu passei a vida esperando
E sem ela minha vida ia passar
Mas sei que a gente expande um tempo inútil
E a sorte
Quando esta chega não há quem segure
Então vou fazer-te uma promessa
Outro dia a gente vai se encontrar.
Fagner
Baseado no poema "Marcha" de Cecília Meirelles
Quando penso em você Fecho os olhos de saudade Tenho tido muita coisa Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos Em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego Já me dá contentamento
Pode ser até manhã Cedo, claro, feito o dia Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato Um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros E esconder minha tristeza E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ... Deixemos de coisa, cuidemos da vida Senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um toco sozinho ... São as águas de março fechando o verão É promessa de vida em nosso coração