Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina


Pee Wee King/Redd Stwart

I was waltzing with my darling to the Tennessee Waltz
When an old friend I happened to see
Introduced him to my loved one 
and while they were waltzing
My friend stole my sweetheart from me
I remember the night and the Tennessee Waltz 
now I know just how much I have lost
Yes I lost my little darling the night 
they were playing the beautiful Tennessee Waltz

I remember the night...


Almir Sater/Renato Teixeira

Se proteja moço
Que essa noite o frio
Vem cortando a alma
Vem que vem no cio
Vão se ouvir ao longe
Um mundo de gritos
Da dança dos lobos
O rasta bonito
Se você conhece
Você é um lobo
Que saiu das matas
Pra jogar o jogo
Mas na lua cheia
Você fica aflito
Sai na janela
E uiva bonito
Iêiêêêêêêêê....
Ao bater a noite
Seu olhar em brasa
Olha para a lua
No teto da casa
Um neon na mesa
O som nas alturas
Você vira um bicho
E o rasta te cura
Iêiêêêêêêêê....
O temor amigo
É um mito antigo
Tanto tempo faz
Que a gente se arrepia
Alma do outro mundo
Gosta é de poesia
Dos bares da moda
E de muita folia
Pode ser agora
Pode ser um dia
Pode ser jamais
E você não sabia
Que nas sextas-feiras
Das noites aflitas
As bruxas possuem
As moças bonitas
Iêiêêêêêêêê....


Zeca Pagodinho/Wilson Moreira

Judia de mim, judia
Se eu não sou merecedor desse amor
Se eu choro
Será que você não notou
É a você que eu adoro
Carrego esse meu sentimento
Sem ressentimento
É, a cana quando é boa
Se conhece pelo nó
Assovio entre os dentes
Um cantiga dolente
Entre cacos e cavacos
Sobrei eu, duro nos cascos
Bem curtido pelo cheiro dos sovacos
Judia de mim...
E quem dança qualquer dança
Na bonança não sabe o que é
Desconhece a esperança
No falso amor leva, fé
Quem de paz se alimenta
Se contenta com migalhas
Não se aflige
E corrige
As próprias falhas

Zé Caradipia

Me faz pequena
Asa Morena
Me alivia a dor
Aliviando a dor que mata
Me faz ser teu amor...

Me toma no crescer
De um beijo muito louco
Me implodindo aos poucos
No universo a desvendar
A vastidão do teu amor...

Me toma sem pensar
Num gesto muito forte
Unindo o sul e o norte
Do meu corpo
Frágil corpo
Com a mais pura emoção...

Me faz pequena
Asa Morena
Me alivia a dor
Aliviando a dor que mata
Me faz ser teu amor...

Me toma no crescer
De um beijo muito louco
Me implodindo aos poucos
No universo a desvendar
A vastidão do teu amor...

Me toma sem pensar
Num gesto muito forte
Unindo o sul e o norte
Do meu corpo
Frágil corpo
Com a mais pura emoção...

Me faz pequena
Asa Morena
Me alivia a dor
Aliviando a dor que mata
Me faz ser teu amor...

Me toma no crescer
De um beijo muito louco
Me implodindo aos poucos
No universo a desvendar
A imensidão do teu amor...

Me toma sem pensar
Num gesto muito forte
Unindo o sul e o norte
Do meu corpo
Frágil corpo
Com a mais pura emoção...
Me faz pequena
Asa Morena
Me alivia a dor
Aliviando a dor que mata
Me faz ser teu amor...


Almir Sater/Paulo Simões

Bota de couro surrada
Cheiro de boi ou viola
Sonhos guardados na mente
Com lábios de doce melaço
Pra todo canto que fosse
Vivendo da cantoria
Muito mais que dinheiro
Buscava farra e folia
Não quis ser o melhor
Sossego trago de longe
Não sou louco, poeta
Nem sou profeta ou monge
Mas viajar, viajei
Viajar, viajei...
Carro de boi, litorina
Lombo de burro baguá
Apeava em porto Esperança
E pegava uma barca de tranças
Remando pro Pantanal
Cantava em festa de Reis
Puxando a romaria
Cantei ao velho peão
Fiz versos pra burguesia
E de quando em quando
A dona das terras falava
Fique, violeiro
Pois tem dinheiro e pousada
Eu viajar, viajei ...


Luís Guedes/Thomas Roth

Ela diz que já vem
Ligo o rádio
Puxo um cigarro
E o peixe sonha no aquário...
De repente
Lindamente
Minha heroína
Bem aqui na minha frente
Ela sempre me seduz
Linda bailarina
Vestida de luz
Dança no meu corpo
Rola e me deixa louco
Ela sabe apagar
A barra de um dia duro
Ela sabe demais
Quando quer Faz acontecer
Ela lê um gibi
Ri sozinha
Lá no fim da página
Beijo minha heroína
De repente
Lindamente
Acontece a mágica
E a aventura não termina


Almir Sater/Renato teixeira
 

Vou nas asas dessa manhã
E bons tempos me levarão
Para Goiás, Minas Gerais e Maranhão
Vai, como quem pra guerra vai
Que depois eu vou com você
Vai, pra além daqui, além dali, além de nós

Êta destino mais atrevido
Seguir em seguir, seguindo
Por aí feito um cigano
Eu aprendi a ver esse mundo
Com meu olhar mais profundo
Que é o olhar mais vagabundo

Eu ando pelas estradas
Quem sabe a gente já se viu
Por aí, um dia, quem sabe

Nessa vida tudo se faz sob três missões naturais
Primeiro nascer, depois viver e aprender
Só o aventureiro é capaz de partir e não voltar mais
Se realizar, depois sonhar, então morrer

Disse meu pai: não lhe digo menino
Você há de aprender com o sino
Qual o rumo, qual a direção
E disse o sino: alegria garoto
Esse pai será sempre o seu porto
Não se acanhe se houver solidão Eu ando pelas estradas
Quem sabe a gente já se viu
Por aí, um dia, quem sabe

Árvore


Chico Gaudio/Dércio Marques

Não adianta impedir que a multidão
Vá a passos largos atrás de uma semente
Não adianta proibir que ela descanse
Sob a sombra de uma árvore geral
Não adianta atravancar o seu caminho
Com águas turvas, mata verde avermelhar
Que ela vai se unir
Ao mar, ao vento e à gente.

Fito Páez

Cecilia dice siempre lo que piensa
y casi nunca piensa como yo,
si tengo hambre busca en la despensa
y me guisa unos besos con arroz.
Cecilia duerme bien acompañada
porque a menudo la acompaño yo,
cuando se harta de estar enamorada
le regalo un vestido y un amor,
mi gozo, mi veneno, mi pasión.
Cecilia tiene algunas fantasías
y algunas fantasías tengo yo,
le cambio las suyas por las mías
y se hacen realidad entre los dos.
Cecilia sabe tanto de mi vida
porque ha vivido tanto como yo,
cada sábado bronca y despedida,
cada domingo reconciliación.
Me gusta hablar con ella sin hablar...
Tengo una novia
de buena familia
con filias
y fobias,
cristal y vereda.
Tengo en mi cama
una Venus en llamas,
una duda desnuda,
una mina de seda.
Pupele mía,
rayito de sombra,
gatito de alfombra,
Palermo y Gran Vía.
Mi sueño, mi vigilia,
mi adicción... Cecilia.
Cecilia busca amores imposibles,
por eso fue posible nuestro amor,
Cecilia, tan altiva y tan sensible,
tan diva y tan de nadie como yo.
Mi gozo, mi veneno,
mi pasión...
Tengo una novia
de buena familia
con fobias
y filias,
cristal y vereda.
Tengo en mi cama
una Venus en llamas,
una duda desnuda,
una mina de seda.
Pupele mía,
rayito de sombra,
gatito de alfombra,
Palermo y Gran Vía.
Mi sueño, mi vigilia,
mi adicción... Cecilia.


Flávio Cardoso/Jorge Aragão

Logo, logo, assim que puder, vou telefonar
Por enquanto tá doendo
E quando a saudade, quiser me deixar cantar
Vão saber que andei sofrendo
E agora longe de mim, você possa enfim
Ter felicidade
Nem que faça um tempo ruim, não se sinta assim
Só pela metade
Ontem demorei pra dormir, tava assim, sei lá,
Meio passional por dentro
Se eu tivesse o dom de fugir pra qualquer lugar,
Ia feito um pé de vento
Sem pensar no que aconteceu, nada, nada é meu,
Nem o pensamento
Por falar em nada que é meu,
Encontrei o anel que você esqueceu
Aí foi que o barraco desabou,
Nessa que meu barco se perdeu,
Nele está gravado só você e eu

Fagner/Capinam

De azul carinho
Vi a noite pintada
Fosse alegre, fosse ave soltando
Fosse triste, como ser virgem
Fosse linda, como a conquista
Das estrelas, das estrelas

De azul carinho
Veio o desenho pintado
Jeito de amar desesperado
Mais chorando que vivido
Como se vivê-la fosse não vê-la

Paulo Sergio Valle/Ney Azambuja/Tavito

A vida tem sons
Que pra gente ouvir
Precisa entender
Que um amor de verdade
É feito canção
Qualquer coisa assim
Que tem seu começo
Seu meio e seu fim
A vida tem sons
Que pra gente ouvir
Precisa aprender
A começar de novo
É como tocar
O mesmo violão
E nele compor
Uma nova canção
Que fale de amor
Que faça chorar
Que toque mais forte
Esse meu coração
Ah! Coração
Se apronta pra começar
Ah! Coração
Esquece esse medo de amar
De novo

Antonio Carlos e Jocafi

Me magoa, maltrata e quer desculpa
Me retruca, me trai e quer perdão
Me ofende, me fere e não tem culpa
Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão
Esse fogo, essa farsa, essa desgraça
Me corrompe e corrói meu coração
Há momentos que eu paro e acho graça
E procuro, e não acho a solução
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Me magoa, maltrata e quer desculpa
Me retruca, me trai e quer perdão
Me ofende, me fere e não tem culpa
Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão

Esse fogo, essa farsa, essa desgraça
Me corrompe e corrói meu coração
Há momentos que eu paro e acho graça
E procuro, e não acho a solução

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou...

Galvão/Moraes Moreira


Mãe é mar
Mares não maré, água e terra
Mãe é mar
Mares não maré, água e terra
Mar, amar
Pra saber da árvore com galhos pra quebrar
Em secas folhas ao chão,
secos e duros gravetos
Em lenha pro fogo, 
que cozinha esses anos todos, 
a grande panela do mundo

Mas mar é mar
Correndo tranquilo pela terra
como o som, das águas dizendo
Que mãe só não pode entrar nessa,
muito pelo contrário .
É sofrer e chorar como MARIA
Sorrir e cantar como BAHIA !
E o menino solto como o dia

E aí...
Mãe pode ter e ser bebê
e até pode ser baby também

Alceu Valença

Quando eu olho para o mar
Dentro do mar vejo um rio
Quando eu olho para o rio
Dentro do rio vejo a chuva
Quando eu olho para a chuva
É como se olhasse as nuvens
Quando eu olho para as nuvens
É como se olhasse o mar
Quando eu olho para mim
Dentro de mim tem você
Quando eu olho para você
Por dentro sinto saudades
Quando eu olho para a saudade
Mesu olhos vão desaguando
E é como um rio passando
Que não corresse pro mar

Vambora

Adriana Calcanhotto

Entre por essa porta agora
e diga que me adora
Você tem meia hora
pra mudar a minha vida
Vem vambora
que o que você demora
é o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa

ainda tem você na sala
porque meu coração dispara
quando tem o seu cheiro
dentro de um livro
“ Dentro da noite veloz”

Ainda tem o seu perfume pela casa

ainda tem você na sala
porque meu coração dispara
quando tem o seu cheiro
dentro de um livro
na “Cinza das horas”


Aquilo que era mulher
Pra não te acordar cedo, saia da cama na ponta do pé
Só te chamava tarde sabia teu gosto, na bandeja café
Chocolate, biscoito, salada de fruta.....suco de mamão
No almoço era filé mignom
Com arroz a lá grega, batata corada um vinho do bom
No jantar era a mesma fartura do almoço
E ainda tinha opção
É mais deu mole ela dispensou você
...Chegou em casa outra vez doidão
...Brigou com a preta sem razão
...Quis comer arroz doce com quiabo
...Botou sal na batida de limão
Deu lavagem ao macaco, banana pro porco, osso pro gato
Sardinha ao cachorro, cachaça pro pato
Entrou no chuveiro de terno e sapato, não queria papo
Foi lá no porão, pegou treisoitão
Deu tiro na mão do próprio irmão
Que quis lhe segurar, eu consegui lhe desarmar
Foi pra rua de novo, entrou no velório pulando a janela
Xingou o defunto, apagou a vela
Cantou a viúva mulher de favela, deu um beijo nela
O bicho pegou a polícia chegou
Um coro levou em cana entrou
E ela não te quer mais, bem feito

Victor Heredia

Para decidir si sigo poniendo
Esta sangre en tierra
Este corazon que bate su parche
Sol y tinieblas.

Para continuar caminando al sol
Por estos desiertos
Para recalcar que estoy vivo
En medio de tantos muertos;

Para decidir
Para continuar
Para recalcar y considerar
Solo me hace falta que estes aqui
Con tus ojos claros

Ay! Fogata de amor y guia
Razon de vivir mi vida

Para aligerar este duro peso
De nuestros dias
Esta soledad que llevamos todos
Islas perdidas

Para descartar esta sensacion
De perderlo todo;
Para analizar por donde seguir
Y elegir el modo

Para aligerar
Para descartar
Para analizar y considerar
Solo me hace falta que estes aqui
Con tus ojos claros

Ay! Fogata de amor y guia
Razon de vivir mi vida

Para combinar lo bello y la luz
Sin perder distancia
Para estar con vos sin perder el angel
De la nostalgia

Para descubrir que la vida va
Sin pedirnos nada
Y considerar que todo es hermoso
Y no cuesta nada,

Para combinar
Para estar con vos
Para descubrir y considerar,
Solo me hace falta que estes aqui
Con tus ojos claros.

Ay! Fogata de amor y guia
Razon de vivir mi vida.

Almir Sater/Kapenga/João Bá

Seca o gigante do mundo penado

Vaga tangido
Brada gemidos
Sai derradeiro vivente a voar
Cordilheiras passadas na vida

Vai e cai e cansa distante
Neste rasante longe dos montes
Ser coração no latejo final
No abismo da fera faminta
Treme a terra e perde a paz 

Vai condor, cai condor
Cai condor

Jackson do Pandeiro

Eu fui dançar um baile 

na casa da Gabriela
Nunca vi coisa tão boa
Foi na base da chinela

O sujeito ia chegando 

tirava logo o sapato
Se tivesse de botina 

sola grossa bico chato
Entrava pra dançar 

no baile da Gabriela
Tirando meia e sapato
Calçando par de chinela

O baile estava animado 

só na base da chinela
Toda turma disputava 

dançar com a Gabriela
Requebrar naquela base 

no salão só tinha ela
Todos convidados riam
Gostando da base dela
Jogaram no salão pimenta 

bem machucada
O baile da Gabriela 

acabou com chinelada

Home numa pisada dessa eu vou
Até amanhecer dia
Só nessa base a chinelinha no chão


Toninho Horta/Milton Nascimento

Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo
Eu não gosto de quem me arruina em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso, eu sei
Eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito
E grito
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito...

Zé Ramalho

É aquela que fere
Que virá mais tranqüila
Com a fome do povo
Com pedaços da vida
Com a dura semente
Que se prende no fogo 

de toda multidão
Acho bem mais do que 

pedras na mão
Dos que vivem calados
Pendurados no tempo
Esquecendo os momentos
Na fundura do poço
Na garganta do fosso
Na voz de um cantador

E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera 

que o começa a devorar
Acho que os anos irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a idéia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador

Cigano

Fagner

Eu não vivo guardado em segredo

Nem no medo, um receio sequer
A não ser quando a morte vier
E me pegar sorrindo querendo ficar
Eu não sei viver de outro jeito
A não ser desse jeito
Destino cigano
Comigo não dá
Pra ficar amargando
Esperando o tempo passar
Até sonhando
E sem saber onde posso chegar
E ficar ...

Fito Páez

¿Quién dijo que todo está perdido?
yo vengo a ofrecer mi corazón,
tanta sangre que se llevó el río,
yo vengo a ofrecer mi corazón.
No será tan fácil, ya sé qué pasa,
no será tan simple como pensaba,
como abrir el pecho y sacar el alma,
una cuchillada del amor.
Luna de los pobres siempre abierta,
yo vengo a ofrecer mi corazón,
como un documento inalterable
yo vengo a ofrecer mi corazón.
Y uniré las puntas de un mismo lazo,
y me iré tranquilo, me iré despacio,
y te daré todo, y me darás algo,
algo que me alivie un poco más.

Cuando no haya nadie cerca o lejos,
yo vengo a ofrecer mi corazón.
cuando los satélites no alcancen,
yo vengo a ofrecer mi corazón.

Y hablo de países y de esperanzas,
hablo por la vida, hablo por la nada,
hablo de cambiar ésta, nuestra casa,
de cambiarla por cambiar, nomás.
¿Quién dijo que todo está perdido?
yo vengo a ofrecer mi corazón.

Walter Franco

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo


Ói que brilho,
Ói que lindo estribilho!

Para: Maria Cecília

Moraes Moreira




A rosa ainda é 

Uma mania 
Agrada o grego
E agrada a negra 
É uma alegria 
Quando chega

Há tantos seres imaginários 

Que procuram os artistas 
Apaixonam os poetas 
São tantas portas estreiras 
Abertas pelos profetas 
São essas armas inúteis 
Pra não pensar mais em mísseis

Há tantos... em mísseis


Rosa, rosa...

Fagner

Beleza só se tem, 

quando se acende a lamparina
Iluminando a alma, 

se entende a própria sina
E quando se vê o arame 

que amarra toda a gente
Pendendo das estacas, 

sob um sol indiferente

Beleza só depois, 

de uma sangria desatada
Aberta na ferida 

dos perigos do amor
E quando se afasta 

a sombra triste do remorso
Que faz olhar pra dentro 

para enfrentar a dor

Repara este silêncio 

que se estende na janela
Repassa o teu passado 

e come o lixo que ele encerra
Vagar sem remissão 

é também parte da questão
Juntar estas migalhas 

para refazer o pão

Não é da natureza 

que ele surge confeitado
Mas é desta tristeza, 

deste adubo de rancor
Beleza é o temporal 

que suja e corta uma visão
Esmaga qualquer sonho 

como um grito de pavor

Pablo Milanés

Todavía quedan restos de humedad,
sus olores llenan ya mi soledad,
en la cama su silueta se dibuja cual promesa
de llenar el breve espacio en que no está.

Todavía yo no sé si volverá, nadie sabe,al día siguiente, lo que hará.
Rompe todos mis esquemas,
no confiesa ni una pena,
no me pide nada a cambio de lo que dá.

Suele ser violenta y tierna,
no habla de uniones eternas,
mas se entrega cual si hubiera
sólo un día para amar.

No comparte una reunión,
mas le gusta la canción que comprometa su pensar.
Todavía no pregunté "¿te quedarás?".
Temo mucho a la respuesta de un "jamás".
La prefiero compartida antes que vaciar mi vida,
no es perfecta mas se acerca a lo que yo
simplemente soñé...

Suele ser violenta y tierna,
no habla de uniones eternas,
mas se entrega cual si hubiera
sólo un día para amar.

No comparte una reunión,
mas le gusta la canción que comprometa su pensar.
Todavía no pregunté "¿te quedarás?".
Temo mucho a la respuesta de un "jamás".
La prefiero compartida antes que vaciar mi vida,
no es perfecta mas se acerca a lo que yo
simplemente soñé...

León Gieco

Busquenme donde se esconde el sol
 
donde exista una cancion  
Busquenme a orillas del mar  
besando la espuma y la sal
 
Busquenme me encontraran  
en el pais de la libertad  
Busquenme me encontraran  
en el pais de la libertad . . . de la libertad

Busquenme donde se detiene el viento  
donde haya paz o no exista el tiempo  
Donde el sol seca las lagrimas  
de las nubes en las mañanas

 
Zé Ramalho/Alceu Valença/Geraldo Azevedo

Ela me deu o seu amor / Eu tomei
No dia 16 de maio / Viajei
Espaçonave atropelado / Procurei
O meu amor aperriado

Apenas apanhei na beira-mar

Um táxi pra estação lunar

Bela linda criatura / Bonita

Nem menina nem mulher
Tem espelho no seu rosto / De neve
Nem menina nem mulher

Apenas apanhei na beira-mar

Um táxi pra estação lunar

Pela sua cabeleira / Vermelha

Pelos raios desse sol / Lilás
Pelo fogo do seu corpo / Centelha
Belos raios desse sol

Apenas apanhei na beira-mar

Um táxi pra estação lunar


Petrucio Maia /Belchior


Estou aqui, parado olhando o incêndio
Do alto do prédio, os rolos de fumaça
Vejo da janela dos meus olhos
Na cidade magoada 

a usina de sonhos tão parada

Vejo da janela dos meus olhos

Na cidade magoada 

a usina de sonhos esta tão parada

Entendo o fogo porque sou daqui

E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui

Eu sei quem acendeu essa fogueira 

que nos queima e não aclara
Nossa noite maior, mais verdadeira
Eu sei quem acendeu essa fogueira 

que nos queima e não aclara
Nossa noite maior, mais verdadeira

Entendo o fogo porque sou daqui

E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui

Os bombeiros todos ganham

Os trinta dinheiros pra aquecer o fogo
Mas eu vejo a chama e tremo, 

por que sou daqui

Entendo o fogo porque sou daqui

E estas paredes porque sou daqui
E os meus amigos porque sou daqui
E os meus perigos porque sou daqui

Walter Franco

A terra é o mesmo lugar
Onde se canta pra poder dançar
A terra é o mesmo lugar
Onde se dança pra poder cantar

Eia céu olha a lua cheia
Eia estrela da manhã
Eia mar olha o grão de areia
Eia irmão olha a tua irmã
Chegando lá da ribeira

A terra é o mesmo lugar
Onde se ama pra poder sonhar
A terra é o mesmo lugar
Onde se sonha pra despertar
Eia fogo que te incendeia
Eia irmã olha teu irmão
Eia sol que tudo clareia
Olha água que sai do chão

Correndo pra cachoeira
A terra é o mesmo lugar
Onde se cansa pra poder deitar
A terra é o mesmo lugar
Onde se deita pra descansar
Eia vento que rodopia
Eia eia meu amor
Eia eia eia poesia
Olha o dia do criador
Entrando na brincadeira


Petrucio Maia/Antonio Brandão


Em minha rua
Não há noite nem dia
Não há vida nem há morte
Não há pranto nem cantar

A minha rua
Não é cheia nem vazia
Não tem destino nem sorte
Nem morte nem viajar

Em minha rua
Não há chuva nem há frio
Não há calor nem estio
Não há rio, não há mar

Nenhuma lua
Nenhum sol nem segredo
Não há glória nem há medo
Não há cor nem olhar

Em qualquer parte
Na calçada ou no batente
Eu me deito, eu me sento
E pego meu violão

Deixo que o vento
Traga estampas coloridas
Em papéis de chocolate
Pra cobrir minha canção

Deixo que o vento
Traga a morte que eu não tive
Traga a noite que não vive
Dentro do meu coração

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