Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina

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Belchior

 

No centro da sala,
Diante da mesa,
No fundo do prato,
Comida e tristeza.
A gente se olha,
Se toca e se cala
E se desentende
No instante em que fala.
Medo, medo, medo...
Cada um guarda mais o seu segredo,
A sua mão fechada,
A sua boca aberta,
O seu peito deserto,
A sua mão parada, lacrada
E selada,
E molhada de medo.
Medo,medo,medo...
Pai na cabeceira: é hora do almoço.
Minha mãe me chama: é hora do almoço.
Minha irmã mais nova, negra cabeleira...
Minha avó reclama: é hora do almoço.
Moço, moço, é hora do almoço!
E eu ainda sou bem moço
Pra tanta tristeza.
Deixemos de coisas,
Cuidemos da vida,
Senão chega a morte
(ou coisa parecida)
E nos arrasta, moço
Sem ter visto a vida
Ou coisa parecida
Ou coisa parecida
Ou coisa parecida...

Ednardo


Nasci pela Ingazeiras
Criado no ôco do mundo
Meus sonhos descendo ladeiras
Varando cancelas
Abrindo porteiras

Sem ter o espanto da morte
Nem do ronco do trovão
O sul, a sorte, a estrada me seduz

É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz
É ouro em pó, é ouro em pó

É ouro em pó que reluz
O sul, a sorte, a estrada me seduz

Ednardo e Climério

 

Arrepare não mas enquanto engomo a calça 
eu vou lhe contar
Uma história bem curtinha fácil de cantar


Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão


Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou 
não foi passarinho
foi olhar do meu amor me arrepiou todinho e 
me eletrizou assim
quando olhou meu coração 

Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão



Ai, mais como é triste
essa nossa vida de artista
Depois de perder Vilma prá São Paulo
perder Maria Helena Pro Dentista

Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão

Hermenegildo Filho

 

Eu venho das dunas brancas
Onde eu queria ficar
Deitando os olhos cansados
Por onde a vida alcançar

Meu céu é pleno de paz
Sem chaminés ou fumaça
No peito enganos mil
Na Terra é pleno abril

Eu tenho a mão que aperreia, 
eu tenho o sol e areia
Eu sou da América, sul da América, 

South America
Eu sou a nata do lixo, 

eu sou o luxo da aldeia, 
eu sou do Ceará

Aldeia, Aldeota, 

estou batendo na porta prá lhe aperriá
Prá lhe aperriá, prá lhe aperriá
Eu sou a nata do lixo, 

eu sou o luxo da aldeia, 
eu sou do Ceará
A Praia do Futuro, 

o farol velho e o novo são os olhos do mar
São os olhos do mar, são os olhos do mar
O velho que apagado, o novo que espantado, 

vento a vida espalhou
Luzindo na madrugada, braços, corpos suados, 

na praia falando amor.

Flora

 

Dominguinhos, Ednardo e Climério

 

Se eu pudesse pensar em ti
Sem vontade de querer chorar
Sem pensar em querer morrer
Nem pensar em querer voltar
Essa dor que eu sinto agora
É uma dor que não tem nome
Que o meu peito devora e come
E fere e maltrata, sem matar

No roçado do meu coração
Há um tempo de plantar saudade
Há um tempo de colher lembrança
Pra depois com o tempo chorar

Ô Flora, meu sertão florindo
Aflora o meu peito só
Teu amor é um fogo, é um fogo
É um fogo, é um fogo
Dos teus olhos tição

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