Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina

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Orlando Morais

Tanto bicho morto pela estrada
Tanta estrada morta no horizonte
Tanta rodovia, tanta ponte
Pra chegar a lugar algum
Tanta seis da tarde quase sete
Cor que arde, sem querer, remete
Descuidado o sol tomba, despenca
Vem caindo feito avenca
E dourando todo leste

Ê solidão de mundo
Ê solidão de estrada
Ê solidão de tudo
Ê solidão de nada

Tanto choro de árvore semi-morta
Tanta porta a ranger, fechando
Tanto nó no olho da madeira
Tanta vida na cadeira
Que te abriga, te abraçando

Ê solidão de mundo
Ê solidão de estrada
Ê solidão de tudo
Ê solidão de nada

Na Paz

Orlando Morais

Meu amor onde está você
Te liguei só prá te dizer
Que ontem a noite
Foi boa demais..
Acordei e nem quis saber
Se hoje vou trabalhar
Nem sei!
Só queria ficar
Com você na paz...
Que preguiça de levantar
Encarar a cidade
Ter que rir para não chorar
Meu amor que saudade
Dá tristeza só de pensar
Prá que tanta maldade
Meu amor, meu amor...
Meu amor onde está você
Te liguei só prá te dizer
Que ontem a noite
Foi boa demais..
Acordei e nem quis saber
Se hoje vou trabalhar
Nem sei!
Só queria ficar
Com você na paz...
Que preguiça de levantar
Encarar a cidade
Ter que rir para não chorar
Meu amor que saudade
Dá tristeza só de pensar
Prá que tanta maldade
Meu amor, meu amor...

Orlando Morais/Djavan

A mim não importa ser a sombra
quando você é a figura
ser a situação quando você é o assunto

Eu nasci pra estar ao seu lado
mesmo se não estamos juntos
e é por isto que quando gritas
permaneço calado
como o sol determina
retrato falado, meu pé de laranja lima
nós somos assim como um desenho
talvez reflexo e refletor

Você, as imagens que tenho
as que quero
as que tenho amor

Orlando Morais/Toni Costa

Estrelas vão fugindo
Entre os faróis e o mar
Neste azul, que azul!
O nosso amor sumindo
Entre partir, ficar
Entre o norte, o sul
Cruzando sobre os raios
Antenas de TV
Porque você me olha
Se você não me vê
Sobre os oceanos
Em doces guerras frias
Não deixa anoitecer
Não deixa escurecer
O Nosso dia

O Amor


Caetano Veloso/Ney Costa Santos 
(sobre poema de Vladimir Maiakovski)

Talvez, quem sabe, um dia
Por uma alameda do zoológico
Ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa
eles a ressuscitarão
O século 30 vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo que não podemos amar na vida
Com o estrelar das noites inumeráveis
Ressuscita-me
Ainda que mais não seja
Porque sou poeta e ansiava o futuro
Ressuscita-me
Lutando contra as misérias do cotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
Quero acabar de viver o que me cabe
Minha vida
Para que não mais exista amores servis
Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
De sacrificar-se por uma casa ou um buraco
Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme
E o pai
Seja, pelo menos, o universo
E a mãe
Seja, no mínimo, a terra
A terra, a terra

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