Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina



Paulo Diniz/Odibar

Ela passou,
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana...

Ela parou,
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor,
Eu sei, chorei de amor
E um chopp pra distrair...

Um chopp pra distrair,
Um chopp,chopp, pra distrair..

  
Milton Nascimento/Fernando Brant

Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso,um dia se realizar


Paulinho da Viola


Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar


Porém
Há um caso diferente
Que marcou um breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Eu carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me lembro anunciou
Portela, Portela
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou


Ah, minha Portela
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria a voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar

Benedito de Paulo

Voce me convidou, prá passear,
Não vou, não vou, não vou, não vou,
Porque mamãe não quer,
Ela não quer.

E eu sei pra onde,
Você vai me carregar.
Mas eu não vou, não,
Ai que medo eu tenho de mulher.

Eu não sei porque, ai,
Você aperta tanto a minha mão,
Esta me machucando e ainda,
Me chamando de Bobão,
Bobão, Bobão, Bo.. Bo.. BOBÃO....

Êxtase

Guilherme Arantes

Eu nem sonhava
Te amar desse jeito
Hoje nasceu novo sol
No meu peito...
Quero acordar
Te sentindo ao meu lado
Viver o êxtase de ser amado
Espero que a música
Que eu canto agora
Possa expressar
O meu súbito amor...
Com sua ajuda
Tranqüila e serena
Vou aprendendo
Que amar vale a pena...
Que essa amizade
É tão gratificante
Que esse diálogo
É muito importante...
Espero que a música
Que eu canto agora
Possa expressar
O meu súbito amor...
Eu nem sonhava
Te amar desse jeito...


Dominguinhos/Abel Silva

Quando chega o verão
É um desassosego por dentro do coração
Quem ama sofre
Quem não ama sofre mais

Sofre a menina
Sofre o rapaz
Sofre a menina
Sofre o rapaz

Canário que muda a pena, dói
Amor que muda de penas, dói
Canário que muda a pena, dói
Amor que muda de penas, dói

E tome xote, Mariquinha
E tome xote, sá Zefinha
E tome xote, ôi
E tome mais

E tome xote, Mariquinha
E tome xote, sá Zefinha
E tome xote, ôi
E tome mais

Taiguara

O tempo passa e atravessa as avenidas
E o fruto cresce, pesa e enverga o velho pé
E o vento forte quebra as telhas e vidraças
E o livro sábio deixa em branco o que não é
Pode não ser essa mulher o que te falta
Pode não ser esse calor o que faz mal
Pode não ser essa gravata o que sufoca
Ou essa falta de dinheiro que é fatal
Vê como um fogo brando funde um ferro duro
Vê como o asfalto é teu jardim se você crê
Que há sol nascente avermelhando o céu escuro
Chamando os homens pro seu tempo de viver
E que as crianças cantem livres sobre os muros
E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor
E que o passado abra os presentes pro futuro
Que não dormiu e preparou o amanhecer...

Pétala

Djavan

O seu amor

Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...

Oh! meu amor!
Viver
É todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver
Viver!

Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!!...

Claudio Zoli

Foi bom te ver
Saber que você, é
É feliz
Impossível te esquecer
Lembrar você
Parece um dom
Foi um lindo amor
Pena não sobreviver
Quando a vida
Me iluminou
A minha luz
Era você
A namoradeira
No escuro da sala
Sonhando e beijando
De segunda a sexta
No fim de semana
De noite na Barra
Procurando vaga
De noite na Barra
Agora é cada um
Cada um


Kleiton/Kledir
 

Esse quarto é bem pequeno
Prá te suportar
Muito amor, muito veneno
Prá pouco lugar
O teu corpo é uma serpente
A me provocar
E teu beijo, a aguardente
A me embriagar...
Essa boca muito louca
Pode me matar
Se isso é coisa do demônio
Eu quero pecar
Fecha a luz, apaga a porta
Vem me carinhar
Diz aí prá minha tia
Que eu fui viajar...
Diz que fui
Prá Nova Iorque
Ou prá Bagdá
E que isso não é hora
De telefonar
Eu já sei que qualquer dia
Tudo vai dançar
Mas a fonte da saudade
Nem o tempo vai secar...
Essa boca muito louca
Pode me matar
Se isso é coisa do demônio
Eu quero pecar
Fecha a luz, apaga a porta
Vem me carinhar
Diz aí prá minha tia
Que eu fui viajar...
Diz que fui
Prá Nova Iorque
Ou prá Bagdá
E que isso não é hora
De telefonar
Eu já sei que qualquer dia
Tudo vai dançar
Mas a fonte da saudade
Nem o tempo vai secar...

Gonzaguinha

Que uma mulher pode nunca nada
Isto eu já sei

É o grito da "Dona Moral"

Todo dia no ouvido da gente

É que eu estou pela vida na luta

Eu também sei

E meu caminho eu faço

Nem quero saber que me digam dessa lei

Porque já sofri, já chorei, já amei

vou sofrer, vou chorar e voltar a amar

Porque já dormi, já sonhei e acordei

E vou dormir, vou sonhar, pois eu nunca cansei

É que sinto exatamente

Aquilo que sente qualquer um que respira

Uma perna de calça

Não dá mais direito a ninguém

De transar o que seja viver

E por isso eu prossigo e quero

E grito no ouvido dessa tal de "Dona Moral"

Que uma mulher pode nunca é deixar

de ser e fazer e acontecer 

Pablo Milanés

El nacimiento de un mundo se aplazó por un momento
un breve lapso del tiempo, del universo un segundo.
Sin embargo parecía que todo se iba a acabar
con la distancia mortal que separó nuestra vidas.
Realizaron la labor de desunir nuestras manos
y a pesar de ser hermanos nos miramos con temor.
Cuando pasaron los años se acumularon rencores,
se olvidaron los amores, parecíamos extraños.
Qué distancia tan sufrida, que mundo tan separado
jamás hubiera encontrado sin aportar nuevas vidas.
Esclavo por una parte, servil criado por la otra,
es lo primero que nota el último en desatarse.
Explotando esta misión de verlo todo tan claro
un día se vio liberal por esta revolución.
Esto no fue un buen ejemplo para otros por liberar,
la nueva labor fue aislar bloqueando toda experiencia.
Lo que brilla con luz propia nadie lo puede apagar,
su brillo puede alcanzar la oscuridad de otras costas.
Qué pagará este pesar del tiempo que se perdió.
de las vidas que costó, de las que puede costar.
Lo pagará la unidad de los pueblos en cuestión,
y al que niegue esta razón la historia condenará.
La historia lleva su carro y a muchos nos montará,
por encima pasará de aquel que quiera negarlo.
Bolívar lanzó una estrella que junto a Martí brilló,
Fidel la dignificó para andar por estas tierras.
Bolívar lanzó una estrella que junto a Martí brilló,
Fidel la dignificó para andar por estas tierras.


Paulo Diniz/Odibar

 

Ela passou,
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana...
Ela parou,
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor,
Eu sei, chorei de amor
E um chopp pra distrair...
Um chopp pra distrair,
Um chopp,chopp, pra distrair..


Lô Borges/Murilo Antunes/Ronaldo Bastos

Nenhum mistério irá secar
A fonte desse nosso desejo
Um raio de sol
A felicidade
Ninguém apagará
Quem no espanto de traduzir
Desnuda a flor de tanta beleza
Ninguém vai cegar
A luz das estrelas
Nem sanha de ladrões

Agora é nossa hora de viver
De enfrentar a fúria dos leões
Plantar a esperança pra colher
A paz que move nossos corações

Nenhum bandido nos roubará
Desnuda tão vibrante energia
Um raio de sol, um céu radiante
Ninguém apagará

Quem no lampejo de traduzir
Desnuda tão vibrante energia
Ninguém vai levar a nossa alegria
Ao fundo dos porões

Agora é nossa hora de viver
De enfrentar a fúria dos leões
Plantar a esperança pra colher
A paz que move nossos corações!


Paulinho da Viola


Trama em segredo teus planos
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu
Ah! Coração leviano
Não sabe o que fez do meu


Este pobre navegante
Meu coração amante
Enfrentou a tempestade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade


Ah! Coração teu engano
Foi esperar por um bem
De um coração leviano
Que nunca será de ninguém

Elpídio dos Santos


Fiz uma casinha branca
lá no pé da serra pra nóis dois morar
Fica perto da barranca do rio paraná
O lugar é uma beleza eu tenho certeza
você vai gostar
Fiz uma capela bem do lado da janela
pra nós dois rezar
Quando for dia de festa
você veste o seu vestido de algodão
Quebro o meu chapéu na testa
para arrematar as coisas no leilão
Satisfeito vou levar você de braço dado
atrás da procissão
Vou com meu terno riscado uma flor do lado
e meu chapéu na mão

Guilherme Arantes

Lembro de você

Do seu cabelo ao vento
Sua silhueta
Ao fundo nascer do sol
Na nossa canção
Nada cansava
Já não sei viver
Nesse clima de suspense
Quando vou te ver ?
E por quantas horas?

Te quero

O mundo
Fica perfeito contigo
Nas poucas
As loucas horas com você
Que o sol queima a nossa face

Lembro de você

Quando estou longe de casa
Rôo as unhas todas
E ando de lá pra cá
De lá pra cá e nada de te achar
Fico sem dormir, quero sumir
Morro de frio

Te quero
O mundo
Fica perfeito contigo
Nas poucas
As loucas horas com você
Que o sol queima a nossa face...

Faustho Terra Tupy

Horizonte sem nevoeiro, 

estar no agora de corpo inteiro e muito bem.
Sinto isso nas vozes do vento, 
no Sol do meu peito aonde vou me encontrar.
Me leva para o mar, muito além deste lugar, 
não há como explicar. 
Mistérios desses horizontes, essência de tantas fontes,
eterna ciranda das águas.
No eterno renovar.
Eu Deixo a alma velejar, até onde chegar.
Eu Deixo a alma velejar, até onde chegar.
Estar vivo é lindo, 
eu vou sentindo Deus sorrindo no caminho a clarear.
Sinto isso aqui comigo fluindo leve nos meus sentidos 
a me levar.
Me leva para o mar, muito além deste lugar, 
não há como explicar. 
Mistérios desses horizontes, essência de tantas fontes,
eterna ciranda das águas.
Eu Deixo a alma velejar até onde chegar.


Taiguara

Eu desisto
Não existe essa manhã que eu perseguia
Um lugar que me dê trégua ou me sorria
E uma gente que não viva só pra si
Só encontro
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Nessa vida sem amor que eu aprendi
Por uns velhos vãos motivos
Somos cegos e cativos
No deserto do universo sem amor
E é por isso que eu preciso
De você como eu preciso
Não me deixe um só minuto sem amor
Vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos à canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
Vem, vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo

Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos a canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos

Emiliano Brancciari

Todo parece estar

queriendo cerrar una herida
lejos de abandonar
cerca de una despedida
no quiero más
verte pasar
solo me quiero sentar a esperar
lo fueron a matar
y lo dejaron con vida
sin sospechar
que todavía respira
no quiero más
verte pasar
solo me quiero sentar a esperar
que saltes al vacío y que no vuelvas nunca
y que toda tu vida te mate la culpa 
de haberme robado una parte del alma
y es lo que a vos te hace falta
alejarte de acá
vos querés enseñar
pero te faltan ideas
vos sabés señalar
pero esperá que te vean
no quiero más
verte pasar
solo me quiero sentar a esperar y rogar
que saltes al vacío y que no vuelvas nunca
y que toda tu vida te mate la culpa 
de haberme robado una parte del alma
y es lo que a vos te hace falta
que saltes al vacío y que no vuelvas nunca
y que toda tu vida te mate la culpa 
de haberme robado una parte del alma
y es lo que a vos te hace falta
alejarte de acá.

Silvio Rodriguez


Mi unicornio azul ayer se me perdió,
pastando lo deje y desapareció.
Cualquier información bien la voy a pagar.
Las flores que dejó no me han querido hablar.

Mi unicornio azul ayer se me perdió,
no sé si se me fue, no sé si extravió,
y yo no tengo más
que un unicornio azul.

Si alguien sabe de él,
le ruego información,
cien mil o un millón
yo pagaré.

Mi unicornio azul
se me ha perdido ayer,
se fue...

Mi unicornio y yo hicimos amistad,
un poco con amor, un poco con verdad.
Con su cuerno de añil pescaba una canción,
saberla compartir era su vocación.

Mi unicornio azul ayer se me perdió,
y puede parecer acaso una obsesión,
pero no tengo más que un unicornio azul
y aunque tuviera dos, yo solo quiero aquel.

Cualquier información, la pagaré.

Mi unicornio azul,
se me ha perdido ayer,
se fue...

Álibi

Djavan

Havia mais que um desejo
A força do beijo
Por mais que vadia
Não sacia mais
Meus olhos lacrimejam teu corpo
Exposto à mentira do calor da ira
No afã de um desejo que não contraíra
No amor, a tortura está por um triz
Mas gente atura e até se mostra feliz
Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido

Claudio Zoli

Nunca mais eu vou voltar
Essa estrada é meu destino
Vou seguir a minha vida
Vou achar o meu lugar
Louco pra viver em paz
Eu procuro paraísos
Em lugares esquecidos, em viagens ao luar
Eu vi a cor, sonhos
E sei de cor o que é
Melhor pra mim
A vida me fez desse jeito
O mundo que é tão imperfeito
Pouca gente tem direito a ser feliz
O tempo passa de repente
Felicidade urgente para todos
Para todos nós
Quero te fazer feliz
Quero ser feliz também
Com você tá tudo bem
Não vou mais olhar pra trás
No caminho do infinito
Encontrei minha razão
E me perdi no seu olhar
Eu sempre quis muito mais
Mais do que era preciso
Quis milagres absurdos
E delírios de prazer


Kleiton/Kledir

Vou voltar na primavera
E era tudo que eu queria
Levo terra nova daqui
Quero ver o passaredo
Pelos portos de Lisboa
Voa, voa que eu chego já
Ai se alguém segura o leme
Dessa nave incandescente
Que incendeia minha vida
Que era viajante lenta
Tão faminta da alegria
Hoje é porto de partida
Ah! Vira virou
Meu coração navegador
Ah! Gira girou
Essa galera

Pablo Milanés

Yo pisaré las calles nuevamente
de lo que fue Santiago ensangrentada,
y en una hermosa plaza liberada
me detendré a llorar por los ausentes.

Yo vendré del desierto calcinante

y saldré de los bosques y los lagos,
y evocaré en un cerro de Santiago
a mis hermanos que murieron antes.

Yo unido al que hizo mucho y poco

al que quiere la patria liberada
dispararé las primeras balas
más temprano que tarde, sin reposo.

Retornarán los libros, las canciones

que quemaron las manos asesinas.
Renacerá mi pueblo de su ruina
y pagarán su culpa los traidores.

Un niño jugará en una alameda

y cantará con sus amigos nuevos,
y ese canto será el canto del suelo
a una vida segada en La Moneda.

Yo pisaré las calles nuevamente

de lo que fue Santiago ensangrentada,
y en una hermosa plaza liberada
me detendré a llorar por los ausentes.


Paulinho da Viola


Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim


Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar

Fátima Guedes

Ai, ai o mato, o cheiro,o céu
O rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o Sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente
Taperebá
Canela, tapinhoã, nã nã nã nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Em contra-ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mais boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu


Paulo Diniz/Odibar

A vida passa, 

telefono e você já não me atende mais
Será que já não temos tempo 

nem coragem de dialogar?
Ainda ontem pela praia 

alguma coisa me lembrou você
E veio a noite, 

namorados se encontrando e eu estava só
Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor

Ainda ontem pela praia 
alguma coisa me lembrou você
E veio a noite, 

namorados se encontrando e eu estava só
Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor

Elomar


Josefina sai cá fora e vem vê
Olha os forro ramiado vai chuvê
Vai trimina riduzi toda criação
Das bandas de lá do ri gavião
Chiquera pra cá já ronca o truvão
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo planta feijão no pó
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo planta feijão no pó
Mãe purdença inda num cuieu o ai
O ai roxo dessa lavora tardã
Diligença pega panicum balai
Vai cum tua irmã, vai num pulo só
Vai cuiê o ai, o ai da tua avó

Lua nova sussarana vai passá
Sêda branca, na passada ela levô
Ponta d´unha, lua fina risca o céu
A onça prisunha, a cara de réu
O pai do chiquêro a gata comeu
Foi um trovejo c´ua zagaia só
Foi tanto sangue que dá dó

Os cigano já subiro bêra ri
É só danos, todo ano nunca vi
Paciênca, já num guento as pirsiguição
Já só caco véi nesse meu sertão
Tudo que juntei foi só pra ladrão


Para Danielle B. Araujo

 Moraes Moreira/Galvão



Que bom que é casar
No dia de Natal, meu bem
Que bom poder largar
Que bom poder largar no reveillon

Que bom que é casar
No dia de Natal, meu bem
Que bom poder largar
Que bom poder largar no reveillon

Thank you very much, seu Nelson
Tô eu no carnaval soltinha da silva
Fugi que nem passarinho
Livre até quarta-feira

"Aí, seu Daniel, o negócio agora só depois de fevereiro"
Que bom que é casar
No dia de Natal, meu bem
Que bom poder largar
Que bom poder largar no reveillon

Thank you very much, seu Nelson
Tô eu no carnaval soltinha da silva
Fugi que nem passarinho
Livre até quarta-feira

Obrigada, seu Nelson!

Clara

Emiliano Brancciari
 

Qué lindo que era verlos caminando
un alma sola dividida en dos
La orilla de ese mar los encantaba
quedaba todo quieto alrededor
Hermosa fue la vida que llevaron
la suerte no les quiso dar un sol
Curioso es que su risa iluminaba
hasta el día que ese mal se la llevo
Se queda con su foto en un rincón
y sueña encontrarla arriba
Escucha susurrar un disco viejo
que su clara una vez le regaló
El sigue con su vida recortada
sin clara fue una vida sin color
La imagen de sus ratos mas felices
hasta ahora siguen siendo su motor
Se queda con su foto en un rincón
y sueña encontrarla arriba
Escucha susurrar un disco viejo
que su clara una vez le regaló
La siente
La escucha
La espera
Y sueña
Se queda con su foto en un rincón
y sueña encontrarla arriba
Escucha susurrar un disco viejo
que su clara una vez le regaló
La lleva bien pegada al corazón
se alegra de nunca despedirla
Pero no va más por la orilla caminando
porque sabe que era hermoso entre los dos
Sabe que era hermoso entre los dos
Sabe que era hermoso

Taiguara

Ay, Hermano
Qué hasta que el día ese llegue
Yo no descanse y no duerma
Sin haber hecho muchas canciones

Ay, Hermana

Qué hasta que el día ese llegue
Tu no te canses, no mueras
Sin callar todas las represiones

Madre y abuela Vasconia

Vieja Vasconia en tus siglos
Arden los cuerpos de aquellos
Que abren mis ojos para mi pueblo

Madre y abuela Vasconia

Mi pueblo mezcla mil mares
Mi nombre indígena es rojo
Mi lengua es blanca, mi canto es negro

Madre y abuela Vasconia

Somos de América el sueño
Niños, caminos sin crimes
Pero sin dueños, y sin arreglos...

Madre y abuela Vasconia

Como en Guernica, tu árbol
Que acá no muera el motivo
Se abren los labios, aún que con miedo

Djavan

Eu quero ver
Você mandar na razão
Prá mim não é
Qualquer notícia
Que abala o coração...
Se toda hora é hora
De dar decisão
Eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo
Um fato consumado
E vou-me embora
Não quero mais
De mais a mais
Me aprofundar
Nessa história
Arreio os meus anseios
Perco o veio
E vivo de memória...
Eu quero é viver em paz
Por favor me beija a boca
Que louca, que louca!...
Se toda hora é hora
De dar decisão
Eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo
Um fato consumado
E vou-me embora
Não quero mais
De mais a mais
Me aprofundar
Nessa história
Arreio os meus anseios
Perco o veio
E vivo de memória...
Eu quero é viver em paz
Por favor me beija a boca
Que louca, que louca!...

Claudio Zoli

A noite vai ser boa
Boa!
De tudo vai rolar
Vai rolar!
De certo que as pessoas
Querem se conhecer
Olham e se beijam
Numa festa genial...
A madrugada, a vitrola
Rolando um blues
Tocando B.B.King sem parar
Sinto por dentro uma força
Vibrando uma luz
A energia que emana
De todo prazer...
Prazer em estar contigo
Um brinde ao destino
Será que o meu signo
Tem a ver com o seu?
Vem ficar comigo
Depois que a festa acabar...
A madrugada, a vitrola
Rolando um blues
Tocando B.B.King sem parar
Sinto por dentro uma força
Vibrando uma luz
A energia que emana
De todo prazer...

Kleiton/Kledir

Deu pra ti
Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau!
Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e bah! Tri legal
Coisas de magia, sei lá
Paralelo 30
Alô tchurma do Bonfim
As gurias tão tri afim
Garopaba ou Bar João
Bela dona e chimarrão
Que saudade da Redenção
Do Fogaça e do Falcão
Cobertor de orelha pro frio
E a galera do Beira-Rio

Zé Ramalho

Eu nunca que me dediquei, 
muito na arte politica
Eu nunca pude ser playboy, 

nem se quer me adiantar
O tempo em que me separei numa razão tão mística, 

um cavaleiro, nunca um cowboy, 
um verdadeiro kamikaze.
Um avião destruidor de lares, 

um passeio pelos ares, 
um megaton de poucas esperanças, 
bombas e lembranças.
E quando eu de lá voltar, 

não sei se poderei ficar, 
aqui onde beijei você deixando tudo pra viver.

Beto Guedes

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão 
onde a gente plantou
juntos outra vez
Já sonhamos juntos 
semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção 
que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...

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