Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina


Carlinhos Brown/Marisa Monte

Eu era tão feliz
E não sabia, amor
Fiz tudo que eu quis
Confesso a minha dor...
E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal...
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...
E o que passou, calou
E o que virá, que dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...
O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...
As coisas são assim
E se será, que será
Pra ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...
uhmm...
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...
E o que passou, calou
E o que virá, que dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...
O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...
As coisas são assim
E se será, que será
Pra ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...

Lo Borges/Marcio Borges


No fim da noite
Eu escuto o caçador
Com seu revólver
Apontado pra a lua
Ou meu cabelo
Preciso me esconder
Na tempestade ou no chão
Sei que ele vem me procurar...

Não tenho medo
Eu só quero ir em paz
Com minha sombra
Eu só quero aquela lua
No fim da rua
Não deixe o caçador
Mirar em cima de você
Ele quer achar seu coração

Talvez o caçador
Não tenha tempo de atirar
Quando de repente amanhecer...


Nando Reis/Marisa Monte/Jennifer Gomes

Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente

Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, 

namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, 

toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, 

tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, 

é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

Aquela

Marisa Monte/Leonardo Reis

Na noite prata, a estrada plana
A lua brilha nua e branda
No alto vai, derrama a luz do céu
À tarde, cruzo a linha urbana
Um porto, um canto, um novo som
Eu sei levar a vida assim de tom em tom

Na onda clara, estrada afora
O meu destino é agora
Aonde me levar a minha voz, eu vou

O Rio


Seu Jorge/C. Brown/A. Antunes/M. Monte

Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração
Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem
Para que flores não faltem jamais

Levante


A. Antunes/C. Brown/M. Monte/Seu Jorge

Nada de mais
Velhos sinais
Sobre a paisagem

Planos gerais
Rastros atrás
E avante, a estrada

Mas pra sacudir levante
Mais puro é o amor
Mais puro é o amor

Vejo os jornais
Não sei que lá
Não sei de nada

Tudo normal
Nas marginais
E nas fachadas

Mas pra sacudir levante
Mais puro é o amor
Mais puro é o amor

Víctor Daniel

Todo aquel que piense que la vida es desigual,
tiene que saber que no es así,
que la vida es una hermosura, hay que vivirla.
Todo aquel que piense que esta solo y que esta mal,
tiene que saber que no es asi,
que en la vida no hay nadie solo, siempre hay alguién.

Ay, no hay que llorar, que la vida es un carnaval,
es mas bello vivir cantando.
Oh, oh, oh, Ay, no hay que llorar,
que la vida es un carnaval
y las penas se van cantando.

Todo aquel que piense que la vida siempre es cruel,
tiene que saber que no es así,
que tan solo hay momentos malos, y todo pasa.
Todo aquel que piense que esto nunca va a cambiar,
tiene que saber que no es así,
que al mal tiempo buena cara, y todo pasa.

Ay, no ha que llorar, que la vida es un carnaval,
es mas bello vivir cantando.
Oh, oh, oh, Ay, no hay que llorar,
que la vida es un carnaval
y las penas se van cantando.
Para aquellos que se quejan tanto.
Para aquellos que solo critican.
Para aquellos que usan las armas.
Para aquellos que nos contaminan.
Para aquellos que hacen la guerra.
Para aquellos que viven pecando.
Para aquellos nos maltratan.
Para aquellos que nos contagian.


Zé Eduardo/Flavio Venturini/Tavinho Moura

Nos meus olhos tanta coisa
Pressentida de você
Abro a janela inda que tarde
Vejo a cidade
Meu olhar sempre na estação
Na partida do trem
Se esconde no abandono das aldeias
Minha voz fora do tempo
Conta estórias vindas da selva
Despertando outra cor no céu
Do luar do sertão

Não, não há por detrás dessas serras, nasce
Qual chuva de prata
Clareando no chão
Despertando o dia em seu berço
Abro a janela, inda que tarde
Vejo a cidade
Meu olhar sente o nosso adeus
Na partida do trem

Ouço no caminho dos trilhos bate
Aquele refrão que não esconde você
Do abandono das aldeias
Minha voz fora do tempo
Conta estórias vindas da selva
Despertando outra cor no céu
Do luar do sertão


Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado
Meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com arco da promessa
Do azul pintado
Pra durar
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo


Beto Guedes/Marcio Borges

As quatro luas
Na tua pele morna
Desenham meu sinal
Mistério de teus abismos, mulher
De todo amor poder vencer
O turbilhào de viver
Teus olhos claros são meu farol
As quatro cordas
Do instrumento choram
Exatas como o sol
Clareia o céu
A cada manhã
E um acorde faz nascer
O infinito querer
Bem
Teus olhos claros são meu farol
Estrada longa estrada
A me levar sempre embora
Nas quatro direções
Da rosa dos ventos
Tarde demais
Agora estou tão preso a ti
Meu corpo quer te levar
Teus olhos claros são meu farol
A nuvem pálida
No céu desses meus desejos
Encobre toda a paz
E põe no meu caminho quatro ilusões
Amar, viver, cantar e ser
O que eu não posso negar
Não
Teus olhos claros são meu farol

Emiliano Brancciari

No se si escuchás
O quizás ya no sirve de nada
Sólo murmurás, sólo me das vuelta la cara.

Ayer nomás tu sol me entusiasmaba
No llorabas por mí, no llorabas por nada.

Dejaste que el dolor te curtiera la piel
Ojalá no sea tarde
Para volver a nacer, para poder levantarte.

Me encantaría que estuvieras dormida, 
que estuvieras dormida.
Me encantaría volver a verte reír, 

como me gusta verte reír.
Dejaste que el dolor te curtiera la piel, 
ojalá no sea tarde
Para volver a nacer, para poder levantarte.

Me encantaría que estuvieras dormida, 
que estuvieras dormida
Me encantaría volver a verte reír, 

como me gusta verte?
Me encantaría
Que estuvieras dormida, que estuvieras dormida
Me encantaría volver a verte reír, 

como me gusta verte?
Como me gusta verte?

No se si escuchás
O quizás ya no sirve de nada.

Que estuvieras dormida, me encantaría.
Que estuvieras dormida, me encantaria, 

me encantaria.

M. Monte/P. Baby/C. Brown/A. Antunes

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for
(tudo de novo)


Lennon / McCartney (Versão: Beto Guedes)

Nem o sol
Nem o mar
Nem o brilho
Das estrelas
Tudo isso
Não tem valor
Sem ter você...

Sem você
Nem o som
Da mais linda
Melodia
Nem os versos
Dessa canção
Irão valer...
Nem o perfume
De todas as rosas
É igual
À doce presença
Do seu amor...
O amor estava aqui
Mas eu nunca saberia
Do que um dia se revelou
Quando te vi...
Nem o perfume
De todas as rosas
É igual
À doce presença
Do seu amor...
O amor estava aqui
Mas eu nunca saberia
Do que um dia se revelou
Quando te vi...


Tavinho Moura/Murilo Antunes

Disse que aqui mais nada é de graça
Nada é de coração
Vamos num tal de toma-de-lá dá-cá
Minha nega eu pago pra ver
Ver por debaixo o osso do angu
Disse que aqui mais nada tem troco
Tudo o que vai não vem
Perdem bodoque, facão corneta
Quebra a defesa nega fulô
Que o trem tá feio e é bem por aqui

Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá
Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá

E a cana-caiana eu disse a raiva
A carne de sol
Palha, forró e fumo de rolo
Tudo é motivo pra meu facão
Arma de pobre é fome, é facão
Abre semente, aperta inimigo
Espeta até gavião
Corta sabugo e lança um desafio
Não conta nem até três
Que o trem tá feio e é bem por aqui

Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá
Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá

E a cana-caiana eu disse a raiva
A carne de sol
Palha, forró e fumo de rolo
Tudo é motivo pra meu facão
Arma de pobre é fome, é facão
Abre semente, aperta inimigo
Espeta até gavião
Corta sabugo e lança um desafio
Não conta nem até três
Que o trem tá feio e é bem por aqui

Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá
Meu facão guarani quebrou na ponta
Quebrou no meio
Eu falei pra morena que o trem tá feio
Iá, iê, iá, oiá

Rubens Téo/Toninho Horta

Longe do meu reino estou
Ando a procura de um sonho que perdi
Não quero senhora, nem sons de alaúde
Sou mais que um cavaleiro errante
Tudo tive e nada tenho
Sigo atrás de um sonho só

Eu vi a flor mais bela da estrada
Deitar-se ao vento
E secar ao sol
Meus olhos se turvaram
Ao pó da estrada
E nem por isso o pranto derramei

Nada devo ao meu lugar
Não tenho raízes, sou sem rei, não tenho lar
Dize-me donzela
Que de mim te ocultas
Qual o caminho que procuro
Nem eu mesmo sei achar
Dor imensa me acompanha

Eu vi a flor mais bela da estrada
Deitar-se ao vento
E secar ao sol
Meus olhos se turvaram
Ao pó da estrada
E nem por isso o pranto derramei
Para Mário Marins

Dona Ivone Lara/Delcio Carvalho

Acreditar... eu não

Recomeçar... jamais
A vida foi ... em frente
Você simplesmente não viu que ficou ... pra trás

Não sei, se você me enganou

Pois quando você tropecou
Não viu o tempo que passou
Não viu que ele me carregava
E a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor
E eu que agora moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me traz

E eu que agora moro nos braços da paz

Ignoro o passado que hoje você me traz.

Edu Lobo/Chico Buarque

Quem me dera ficar meu amor, de uma vez
Mas escuta o que dizem as ondas do mar
Seu eu me deixo amarrar por um mês
Na amada de um porto
Noutro porto outra amada é capaz
De outro amor amarrar, ah
Minha vida, querida, não é nenhum mar de rosas
Chora não, vou voltar

Quem me dera amarrar meu amor quase um mês
Mas escuta o que dizem as pedras do cais
Se eu deixasse juntar de uma vez
meus amores num porto
Transbordava a baía com todas as forças navais
Minha vida, querido, não é nenhum mar de rosas
Volta não, segue em paz

Minha vida querido/querida
não é nenhum mar de rosas

Chora não

Segue em paz

Tom Jobim

Rua, espada nua
Bóia no céu imensa e amarela
Tão redonda lua
Como flutua, 
vem navegando o azul do firmamento
E num silencio lento 

um trovador cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz 

pra te esquecer Luíza
Eu sou apenas um pobre amador, apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor 

que eu sei que embaixo desta neve mora 
um coração
Vem cá Luíza me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza, me dá tua boca
E a rosa louca vem me dar um beijo 

e um raio de sol
nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz 

explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luíza

Belchior

Saia do meu caminho
Eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Han! Han!
Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração
Hum! Hum!...
Sonho e escrevo em letras grandes,
de novo!
pelos muros do país
joão!
O tempo
andou mexendo Com a gente Sim!
John!
Eu não esqueço
(Oh No! Oh No!)
A felicidade
É uma arma quente
Quente, quente
Yeh!....
Saia do meu caminho
Eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Han! Han!
Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração
Hum! Hum!...
Sob a luzdDo teu cigarro na cama
Hum! Hum!
Teu gosto ruge
Teu batom me diz
João!
O tempo
andou mexendo com a gente sim!
John!
Eu não esqueço
(Oh No! Oh No!)
A felicidade
É uma arma quente
Quente, quente....

 
Nelson Rufino/Tais Rufino

Cadê meu amor tão bonito?
Do início da paixão!
Cadê minha felicidade?
Saudade não abre mão...

Errei quando me apaixonei
Quando lhe entreguei
Todo o meu coração
Cantei!
Tristeza se acabou
Quando você chegou
Mas foi só ilusão...

Errei!
Errei quando me apaixonei
Quando lhe entreguei
Todo o meu coração
Cantei!
Tristeza se acabou
Quando você chegou
Mas foi só ilusão...

Cadê meu amor tão bonito?
Do início da paixão!
Cadê minha felicidade?
Saudade não abre mão...

Quem fez desse amor agasalho
Oh! Oh! Oh!
Orvalho foi temporal
Oh! Oh! Oh
Do sonho de primavera
Oh! Oh! Oh!
Garoa fez um vendaval...

Amargo essa dor no meu canto
Sabor tão ruim, desencanto
Como dói desilusão
Pena esse amor, eu quis tanto
Em troca recebo esse pranto
Prá banhar minha solidão...

Errei!
Errei quando me apaixonei
Quando lhe entreguei
Todo o meu coração
Cantei!
Tristeza se acabou
Quando você chegou
Mas foi só ilusão...

Cadê meu amor tão bonito?
Oh! Oh! Oh!
Do início da paixão!
Oh! Oh! Oh!
Cadê minha felicidade?
Oh! Oh! Oh!
Saudade não abre mão...

Quem fez desse amor agasalho
Oh! Oh! Oh!
Orvalho foi temporal
Oh! Oh! Oh!
Do sonho de primavera
Oh! Oh! Oh!
Garoa fez um vendaval...

Amargo essa dor no meu canto
Sabor tão ruim, desencanto
Como dói desilusão
Pena esse amor, eu quis tanto
Em troca recebo esse pranto
Prá banhar minha solidão...

Cadê meu amor tão bonito?
Oh! Oh! Oh!
Do início da paixão!
Oh! Oh! Oh!
Cadê minha felicidade?
Oh! Oh! Oh!
Saudade não abre mão...


João do Cavaco/Silvinho

A dor que em mim brotou
É o retrato falado de mais um desamor
Pra quem amou em vão
Foi o pior pedaço do bolo da desilusão
Como um vento ou um temporal que tudo desfez
Vi meu mundo se desabar de uma vez
Vi estrelas entrar no mar o imenso sol derreter
Uma chama se apagar e ninguém perceber
É o final más pretendo me erguer
Com a certeza que vou te esquecer te esquecer
É o final más pretendo me erguer
Com a certeza que vou te esquecer


Vicente Paiva/Luis Peixoto

Disseram que eu voltei americanizada
Com o burro do dinheiro
Que estou muito rica
Que não suporto mais o breque do pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí
Que eu sei certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno
Eu posso lá ficar americanizada
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno
Cantando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro minhas preferidas
Eu digo mesmo eu te amo, e nunca I love you
Enquanto houver Brasil
Na hora da comida
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu

Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz


Almir Sater/Paulo Simões

Quando você dorme longe de mim
Parece que a noite não vai ter fim
Sempre que meu sono demora a chegar
Parece que o sol não quer mais raiar.

Chega de tanto faz
Deixa de vai, não vou
Você não me liga mais
Nem pra dizer alô
Vai que você me liga um dia
E eu digo que não 'tou.

Sou navegante querendo voltar
Seja meu farol, minha estrela polar
Nessa vida errante só vou ser feliz
Tendo agora em diante o que eu sempre quis.

Chega de tanto faz
Deixa de timidez
Você não me liga mais
Já vai pra lá de mês
Vai que você me liga um dia
Eu te esqueci de vez.
Se até a lua nova já se dispôs
Quando estiver cheia brilhar por nós dois...
Só pra nós dois...

Chico Buarque

Morena dos olhos d'água
Tira os seu olhos do mar
Vem ver que a vida ainda vale
O sorriso que eu tenho pra lhe dar
Descansa em meu pobre peito
Que jamais enfernta o mar
Mas que tem abraço estreito, 
morena
Com jeito de lhe agradar
Vem ouvir quantas histórias
Que por seu amor sonhei
Vem saber quantas vitórias, 

morena
Por mares que só eu sei
Morena dos olhos d'água...
O seu homem foi embora
Prometendo voltar já
Mas as ondas não tem hora, 

morena
De partir ou de voltar
Passa vela vai-se embora
Passa o tempo e vai também
Mas meu canto ainda te implora, 

morena
Agora, morena, vem
Morena dos olhos d'água...

Chico Buarque/Edu Lobo


Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosta da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres têm na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será qie é uma estrela
Será qie é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

Fito Páez

Se me hacia tarde, ya me iba
Siempre se hace tarde en la ciudad
Cuando me di cuenta estaba vivo
Vivo para siempre de verdad
Hoy compre revistas en el metro
No pensaba en nada, nada mas
Y cai que al fin esto es un juego
Todo empieza siempre una vez mas.
Y a rodar, y a rodar, y a rodar, y a rodar mi vida
Y a rodar, y a rodar, y a rodar, y a rodar mi amor
Yo no se donde va, yo no se donde va mi vida
Yo no se donde va pero tampoco creo que sepas vos
Quiero salir, si, quiero vivir
Quiero dejar una suerte de señal
Si un corazon triste pudo ver la luz
Si hice mas liviano el peso de tu cruz
Nada mas me importa en esta vida.
Chau, hasta mañana.
Y a rodar, ...
Si hice mas liviano el peso de tu cruz
Nadie tiene a nadie y yo te tengo aun
Dentro de mi alma, siento que me amas
Chau, hasta mañana.


 Almir Sater/Paulo Simões

Mais um verão
Já lá se vai a fugir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim

E a geração
Que a tudo fez consumir
Volta a temer profecias
De astros em conjunção
Será que chegou o fim?

Por moedas de ouro e prata
Quanta gente ainda se mata, ai, ai
Eta velho mundo louco
Quer se destruir
Aconteça pois assim

Mais um verão
E só me resta fingir
Ir ao castelo da ilusão
Sonhando ser Aladim

Poder então
Por tudo me repartir
Ser como as folhas de outono
Que voam sem direção
Dormindo em qualquer jardim

Aflição nem vou mais sentir
Se o segredo é se divertir, ai, ai
Eta velho mundo louco
Não quer mais sorrir
Entristeça, pois, enfim

Mais um verão
Já lá se vai a sumir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim




Quando o Canto da Sereia
Reluziu no seu olhar
Acertou na minha veia
Conseguiu me enfeitiçar...
Tem veneno o seu perfume
Que me faz o seu refém
Seu sorriso tem um lume
Que nenhuma estrela tem...
Tô com medo desse doce
Tô comendo em sua mão
Nunca imaginei que fosse
Mergulhar na tentação
Essa boca que me beija
Me enlouquece de paixão
Te entreguei numa bandeja
A chave do meu coração...
Seu tempero me deixa bolado
É um mel misturado com dendê
No seu colo eu me embalo
Eu me embolo
Até numa casinha de sapê
Como é lindo o bailado
Debaixo dessa sua saia godê
Quando roda no bamba querer
Fazendo um fuzuê...
Minha deusa esse seu encanto
Parece que veio do ilê
Ou será de um jogo de jongo
Que fica no corumbandê
Eu só sei que o som do batuque
É um truque do seu balancê
Preta cola comigo porque
Tô amando você...
Quando o Canto da Sereia
Reluziu no seu olhar
Acertou na minha veia
Conseguiu me enfeitiçar...
Tem veneno o seu perfume
Que me faz o seu refém
Seu sorriso tem um lume
Que nenhuma estrela tem...
Tô com medo desse doce
Tô comendo em sua mão
Nunca imaginei que fosse
Mergulhar na tentação
Essa boca que me beija
Me enlouquece de paixão
Te entreguei numa bandeja
A chave do meu coração...
Seu tempero me deixa bolado
É um mel misturado com dendê
No seu colo eu me embalo
Eu me embolo
Até numa casinha de sapê
Como é lindo o bailado
Debaixo dessa sua saia godê
Quando roda no bamba querer
Fazendo um fuzuê...
Minha deusa esse seu encanto
Parece que veio do ilê
Ou será de um jogo de jongo
Que fica no corumbandê
Eu só sei que o som do batuque
É um truque do seu balancê
Preta cola comigo porque
Tô amando você...
Lalaiá! Lalaiá! Lalaiá!
Lalaiá! Lalaiá! Lalaiá!
Lalaiá! Lalaiá! Lalaiá!
Lalaiá! Lalaiá! Lalaiá!
Preta cola comigo porque
Tô amando você
Tô amando você!...


Alamir/Clemer/Zé Carlos

Tô devendo, à dona Maria da quitanda
Tá ruim pra mim, 
chego até passar de banda
Pra dona Maria não me ver
Quando ela me vê, se zanga
Pra dona Maria não me ver
Quando ela me vê, se zanga
(Eu tô devendo!)
Quando chego mais a frente
Bato de frente, 
com seu Manuel do botequim
Que me cobra uma pinga e um torresmo
Que tá no prego a mais de um mês
Sem contar também....eu tô devendo
O aluguel do Português
Sem um qualquer....é duro de se virar
Eu envergo mais não quebro
Amanhã vai melhorar
Eu vou a luta e aturo os lamentos da Joana
Que não faz feira há semanas
E suplica ao menino Jesus
Diz que o homem do gás não perdoa
A light vai cortar a luz
Mas eu tô legal numa boa
Lá vou eu carregando essa cruz
Tá ruim mas tá bom eu tenho fé
Que a vida vai melhorar
Oi, segura as pontas seu Zé
Eu devo mais quero pagar
Dezessete e cinqüenta de leite e pão 
na padaria
Vinte pratas que Jorge bicheiro emprestou
lá na tendinha
O carnê da televisão que pifou na garantia
Uma vela a minha mulher acendeu de sete dias

Belchior

Moro num lugar comum, perto daqui, 
chamado Brasil.
Feito de três raças tristes, 
folhas verdes de tabaco
e o guaraná guarani.
Alegria, namorados, alegria de Ceci.
Manequins emocionadas:
- são touradas de Madrid
...que em matéria de palmeira 
ainda tem o buriti perdido.
Símbolo de nossa adolescência,
signo de nossa inocência índia, sangue tupi.
E por falar no sabiá, 
o poeta Gonçalves Dias é que sabia...
Sabe lá se não queria
uma Europa bananeira.
- Diga lá, tristes trópicos,
sabiá laranjeiras.
Aliás, meu camarada, 
o cantor popular falou divinamente:
Deus é uma coisa brasileira, 
nordestinamente paciente.
Oh! blood moon.

Orlando Morais

Tanto bicho morto pela estrada
Tanta estrada morta no horizonte
Tanta rodovia, tanta ponte
Pra chegar a lugar algum
Tanta seis da tarde quase sete
Cor que arde, sem querer, remete
Descuidado o sol tomba, despenca
Vem caindo feito avenca
E dourando todo leste

Ê solidão de mundo
Ê solidão de estrada
Ê solidão de tudo
Ê solidão de nada

Tanto choro de árvore semi-morta
Tanta porta a ranger, fechando
Tanto nó no olho da madeira
Tanta vida na cadeira
Que te abriga, te abraçando

Ê solidão de mundo
Ê solidão de estrada
Ê solidão de tudo
Ê solidão de nada

Antonio Carlos/Jocafi/Vevé Calazans

Toró . . . de lágrimas
Foi um retrato doído que você deixou
Foi num momento de sede que a fonte secou
Ai de mim
Toró . . . de lágrimas
Foi um amor programado por computador
Tanta lembrança bonita e você não guardou
Ai de mim
O seu amor fabricado que fez por fazer
Angústia e desprezo, desmancha prazer
No fundo, no fundo você não prestou
Um sentimento emprestado perdeu seu valor
Eu compro essa briga e não faço favor
No fundo, no fundo você não prestou
Toró . . . de lágrimas ...

Fito Páez

Y dale alegria, alegria a mi corazon
Es lo unico que te pido al menos hoy.
Y dale alegria, alegria a mi corazon
Y que se enciendan las luces de este amor.

Y ya veras

Como se transforma el aire del lugar,
Y ya veras que no necesitaremos nada mas.

Y dale alegria, alegria a mi corazon

Que ayer no tuve un buen dia, por favor.
Y dale alegria, alegria a mi corazon
Que si me das alegria estoy mejor.

Y ya veras

Las sombras que aqui estuvieron no estaran
Y ya veras que no necesitaremos nada mas.

Y dale alegria, alegria a mi corazon

Es lo unico que te pido al menos hoy.
Y dale alegria, alegria a mi corazon
Afuera se iran la pena y el dolor.

Y ya veras

Las sombras que aqui estuvieron no estaran
Y ya veras que no necesitaremos nada mas.

Almir Sater

Ana Bonita, meu coração é seu pode crer
Não tenha medo, não, da ilusão
A vida nos juntou por querer
Sina essa fez renascer
Fique aflita não, meu amor
Tem essa emoção seu valor
Se toda aflição fosse igual
Valeria, então, aprender

Ana Bonita, procure entender quem eu sou
Isso é bem pra lá da razão
Força da paixão transformou
Sentimento em canção
Nem o tempo fez esquecer
Nem o vento pode apagar
Essa luz a iluminar
Essa chama sempre a arder
Ana Bonita, certeza me ajudou a esperar
Desejo não parou de crescer
Se um homem não puder mais sonhar
Coisa ruim que será viver
Faça isso não, meu amor
Deixa essa menina brilhar
Lua cheia veio espiar
Nosso sangue se misturar
Essa noite eu quero prazer
Meus segredos compartilhar
Amanhã, quem sabe, saber
Como o dia vai começar.

Belchior

Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, 
meu amigo
Que uma nova mudança 

em breve vai acontecer
E o que há algum tempo 

era jovem novo
Hoje é antigo, 

e precisamos todos rejuvenescer
Nunca mais meu pai falou: 
"She's leaving home"
E meteu o pé na estrada, 

"Like a Rolling Stone..."
Nunca mais eu convidei 

minha menina
Para correr no meu carro...

(loucura, chiclete e som)
Nunca mais você saiu 

a rua em grupo reunido
O dedo em V, cabelo ao vento, 

amor e flor, quero cartaz
No presente a mente, 
o corpo é diferente
E o passado é uma roupa 

que não nos serve mais
No presente a mente, 

o corpo é diferente
E o passado é uma roupa 

que não nos serve mais
Como Poe, poeta louco americano,
Eu pergunto ao passarinho: 

"Black bird, o que se faz?"
Haven never haven never haven
Black bird me responde
Tudo já ficou atras
Haven never haven never haven
Assum-preto me responde
O passado nunca mais

Você não sente não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, 

meu amigo
Que uma nova mudança 

em breve vai acontecer
O que há algum tempo 

era jovem novo,
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
E precisamos rejuvenescer

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