Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina

Walter Franco

É bom
Poder cantar
Em qualquer tom
É muito bom
Saber voar
Além do mar
Além do som
É muito, muito bom

Faz bem
Faz muito bem
Mergulhar
Em pleno ar
Em plena luz

Faz bem
Faz muito, muito bem
Sentir o céu
Se transformar
Num lindo blue

Sabiá

Chico Buarque/Tom Jobim

Vou voltar sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar foi lá é ainda lá
Que eu hei de ouvir can .... tar
Uma sabiá can . . . tar uma sabiá
Vou voltar sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não há
E algum amor talvez possa espantar
As noites que eu não queri . . . a
Me anun . . . ci . . . ar o dia
Vou voltar sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão que fiz tantos pianos
De me enganar coma fiz enganos de me
encontrar
Como fiz estradas de me perder

Vander Lee

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Walter Franco

Gostas dos elefantes
Muito mais do que de mim
Eles são tão pacientes
Com seus dentes de marfim

Vander Lee

Enquanto juntava os restos,
Catava os cacos como um flagelo,
Você chegou.
Enquanto trancava as portas
Do casarão, meu coração
Você entrou.
Enquanto me atormentava
Pensando em guerras,
Por outras terras
Você me levou.
Enquanto morria a tarde
Você surgia, estrela guia,
Me iluminou.
Quando te quis foi tão claro
que nem percebi
Fiquei ali e ainda estou.
Tudo era seca e queimada
por dentro de mim
Como jasmim por sobre a mágoa
Você brotou.
Anjo de luz,
Filha de Iansã,
Rompe essa treva,
Me leva pra outra manhã.

Noel Rosa

Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada


Fecha a porta da direita com muito cuidado
Que não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol
Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão uma caneta, um tinteiro
Um envelope e um cartão
Não se esqueça de me dar palitos
E um cigarro pra espantar mosquitos
Vá dizer ao charuteiro que me empreste umas revistas
Um isqueiro e um cinzeiro
Telefone ao menos uma vez para 34-4333
E ordene ao seu Osório 
que me mande um guarda-chuva
Aqui pro nosso escritório
Seu garçom, me empreste algum dinheiro
Que eu deixei o meu com o bicheiro
Vá dizer ao seu gerente
Que pendure essa despesa no cabide ali em frente

Walter Franco

É uma dor canalha
Que te dilacera
É um grito que se espalha
Também pudera
Não tarda nem falha
Apenas te espera
Num campo de batalha
É um grito que se espalha
É uma dor
Canalha

 Vital Farias

Caso você case

Não escreva a nota 
Não destrave a porta 
Não esteja morta
Não estrague a horta
Faca que não corta
Mulher semi-morta
Sem cara, sem fala, sem bala, 
sem hora, sem ala-á
É necessário tudo, mudo, surdo, absurdo
É necessário nada, fada, fanada, nada em fá
É necessário nada, tudo, mudo, surdo, absurdo
Nada em fá-fazer
Caso você case
Não escreva a nota no jornal
Não destrave a porta do quintal
Não esteja morta
Não estrague a horta
Faca que não corta
Mulher semi-morta
Sem cara, sem fala, sem bala, 
sem hora, sem ala-á
É necessário tudo, mudo, surdo, absurdo
É necessário nada, fada, fanada, nada em fá
É necessário nada, tudo, mudo, surdo, absurdo
Nada em fá-fazer
Caso você case
Não escreva a nota musical
Não destrave a porta do hospital
Não esteja morta
Não estrague a horta.

Acordei

Moraes Moreira


Hoje feito um passarinho

Quando sai do ninho
Acordei cantando

E aquela alegria do primeiro vôo

E aquela inocência
Do primeiro amor

Hoje com aquele espanto

Da primeira dor
Acordei chorando

Quanto tempo faz

Tanto tempo amor
E aquela saudade
Do primeiro beijo

E aquele desejo

E aquele desejo

Hoje com o mesmo sorriso eu sei

Sendo mais preciso
Acordei hoje mais perto do que sonhei
Caminho desperto, acordei

Viver


Teca Calazans/Ricardo Villas

Tem que ligar suas antenas
Captar melhor freqüências
Dimensões e vibrações
Que no ar se sente
Tem, tem que usar cinco sentidos
Pra chegar a um relativo
Significado justo simples coerente
O mundo é bola rola rola
A gente sai correndo atrás
Passageiro desse trem
O tempo brinca de seguir
Leio aqui no seu futuro
Uma estrela intensa clareando
Viver, viver
Eu pessoalmente me interesso
Pelo destino desse trem
O tempo mente muito mente
Fazendo crer que ele seguiu
Leio aqui no seu passado
Uma estrela intensa clareando
Viver, viver, viver
O amor é que alimenta a força de viver
O amor é que alimenta
A força de viver, viver
O amor é que alimenta
A força de viver
O amor é que alimenta


Zé Renato/Xico Chaves

Se meu jardim der flor
Colore minha saudade
No meio dessa cidade
Que a manhã clareou

Virá um beija-flor
Aqui, ali sem pousar
E vai entrar nos meus olhos
Só pra te encontrar

Dê asas ao amor
Que vive dentro de todo bom coração
Pro mundo ser mais bonito
Em cada palmo de chão.

Paulinho da Viola

Você sabe que a maré
Não está moleza não
E quem não fica
Dormindo de touca

Já sabe da situação
Eu sei que dói no coração
Falar do jeito que falei
Dizer que o pior aconteceu
Pode guardar as panelas
Que hoje o dinheiro não deu

Dei pinote adoidado
Pedindo emprestado e ninguém emprestou
Fui no seu Malaquias
Querendo fiado mas ele negou
Meu ordenado apertado, coitado, engraçado
Desapareceu

Fui apelar pro cavalo, joguei na cabeça
Mas ele não deu


Você sabe que a maré
Não está moleza não
E quem não fica dormindo de touca
Já sabe da situação
Eu sei que dói no coração
Falar do jeito que falei
Dizer que o pior aconteceu
Pode guardar as panelas
Que hoje o dinheiro não deu

Para encher a nossa panela, comadre
Eu não sei como vai ser
Já corri ora todo lado
Fiz aquilo que deu pra fazer
Esperar por um milagre
Pra ver se resolve essa situação
Minha fé já balançou
Eu não quero sofrer outra decepção

A Noite

Guilherme Arantes

A noite é o reino da calma
reino da pausa, tempo de amar
a noite é tanto prazer
tantos encontros, tanto se dar
a noite é amiga dos homens
na mesa o jantar
a noite é trégua no mundo
seu corpo despido
e junto do meu
a noite é amiga dos homens
na mesa o jantar
a noite é manto sagrado
e UFOS no céu...

 
João do Vale/Libório

Seu moço eu venho de longe 

não sei onde vou chegar
Não tenho medo de seguir, 

mas tenho medo de voltar
Plantar, plantar porque homem sou
Plantar, colher para quem não plantou
Amar, amar quem nunca me amou
Ser mais escravo do que hoje sou

Quando a ida não é boa, 

a volta não pode prestar
Não tenho medo de seguir, 

mas tenho medo de voltar
Acreditar no que acreditei, 

trabalhar pra quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminhos que já passei.

Lô Borges 
A primeira vista
A paixão não tem defesa
Tem de ser um grande artista
Pra querer se segurar
Faz tremer a perna
Faz a bela virar fera
Quando alguém que a gente espera
Quer se chegar

Só de pensar
Já me faz mais feliz
Nem bem o amor começa
Eu já quero bis

Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Ilusão tão boa
Quanto o astral de uma pessoa
Chega junto, roça a pele
E já quer se enroscar
Lê seu pensamento
Paralisa seu momento
Ao se encostar

Sonho real faz surpresa pra mim
e transe o meu destino com alguém assim

Chega e instala a beleza
No mesmo momento...

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do seu lado
Tem alguém afin

Chega e instala a beleza
Momento de sonho real

Vem andar comigo
Numa beira de estrada
Desse lado ensolarado
Que eu achei pra caminhar
Vem meu anjo torto
Abusar do meu conforto
Ser meu bem em cada porto
Que eu ancorar

Sonho real faz surpresa pra mim
e transe o meu destino com alguém assim
Chega e instala a beleza
Momento de sonho real

Djavan

Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide (bis)

Longe da felicidade e todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo
És manhã na natureza das flores

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris(bis)


Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris


Kleiton/Kledir

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete,
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar.

Ser feliz é tudo que se quer!
Ah! Esse maldito fecho eclair!...
De repente, a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar.

Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo.
Tudo que vier, vem bem.
Quando bebo perco o juízo.
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém.

Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume,
Faz que tenta se matar.

Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço.
Faz a gente levitar.

Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais.
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou.

Elomar

Vô corrê trecho 
Vô percurá u'a terra preu podê trabaiá 
Prá vê se dêxo 
Minha pobre terra véia discansá 
Foi na Monarca a primeira derrubada 
Dêrna d'intão é pó é seca é tái d'inxada 
Me ispera, assunta bem 
Inté a bôca das água qui vem 
Conforma num chora mulé 
Eu volto se assim Deus quisé
Tá um apêrto 
Mais qui tempão de Deus no sertão catinguêro 
Vô dá um fora 
Só dano um pulo agora in Son Palo Triang' Minêro 
É duro môço êsse mosquêro na cozinha 
A corda pura e a cuia sem um grão de farinha 
A bença Afiloteus 
Te dêxo intregue nas guarda de Deus 
Nocença ai sôdade viu 
Pai volta prás curva do rio
Ah mais cê veja 
Num me resta mais creto prá um furnicimento 
Só eu caino 
Nas mão do véi Brolino mêrmo a deis pur cento 
É duro môço ritirá prum trecho alhei 
C'ua pele no osso e as alma nos bolso do véi 
Me ispera, assunta viu 
Sô inbuzêro das bêra do rio 
Conforma num chora mulé 
Pai volta se assim Deus quisé 
Num dêxa o rancho vazio 
Pai volta prás curva do rio


Vicente Barreto/João Garcia

Jogo poeira nos olhos
que é pra me aventurar
caminhei muitas léguas
sem lei e nem trégua
que possa lembrar
procurando amor puro
que é em porto seguro
que vou sossegar

Só de pensar
se me fecham a cancela
uma fera eu posso virar
jogo o corpo
num rabo-de-arraia
que vou lhe mostrar
Mas no mais eu sou manso que dói
ajo como se fosse um herói
Andei, andei
andei por aí
andei , andei
andei por aí


Teca Calazans/Ricardo Villas

Ele vinha da guiné, Gabriel nasceu na África
Equatorial
Desde que ele deu no pé,
nunca mais pisou de volta em seu país natal.

Ele vinha da Guiné e nunca mais pisou de volta em seu
país natal.

Sem papel nem capital,
clandestino para a frança
foi se Deus quiser.

Era mais ou menos um, Negros como tantos outros
que lutam por lá .

Sem papel nem capital .
Negro como tantos outros
que lutam por lá .

Gabriel, não lia nem falava
aquela lingua estranha
do branco lá da França.

Na bagagem apenas uma herança.
a arte que aprendeu desde criança.

Gabriel que é Mestre e professor
Artista da madeira, do couro e do cortume.

É pessoa de grande resistencia
..na batalha da sobrevivencia.

Mestre gabriel, bate o teu tambor, faz este cantor
nunca se cansar..

Traz força de viver ...

Negro Gabriel lembra da guiné ..
eu também sou um, perdi meu lugar...


Tavinho Moura/Fernando Brant

Gente que vem de Lisboa
Gente que vem pelo mar
Laço de fita amarela
Na ponta da vela
No meio do mar
Ei nóutras terras, de outro mar
Temos pólvora, chumbo e bala
Nós queremos é guerrear
Quem me ensinou a nadar
Quem me ensinou a nadar
Foi, foi marinheiro
Foi os peixinhos do mar
Ei nós que viemos
De outras terras, de outro mar
Temos pólvora, chumbo e bala


Paulinho da Viola


Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo, correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranqüilo, quem sabe?
Quanto tempo...
Pois é, quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios...
Oh, não tem de que
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo,
Talvez nos vejamos, quem sabe?
Quanto tempo...
Pois é, quanto tempo...


Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso beber
Alguma coisa rapidamente
Pra semana...
O sinal...
Eu procuro você...
Vai abrir! Vai abrir!
Prometo, não esqueço
Por favor, não esqueça
Não esqueço, não esqueço
Adeus...

Guilherme Arantes

Amanhã!
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã!
Redobrada a força
Prá cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã!
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar
Amanhã!
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar!
Há de imperar!
Amanhã!
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Existe e é prá vicejar
Amanhã!
Apesar de hoje
Será a estrada que surge
Prá se trilhar
Amanhã!
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã!
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno!

Será pleno!


Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar

Djavan

O mar
Vazou de uma paixão
Atravessou
Meus olhos
Encheu a minha mão
Caiu no chão
De doces gotas
De amor
Evaporou na nite
Nublou o céu
De estrelas
E derramou manhã
Se o amor
Sabe tudo fazer
Pode ter um jeito
De acasalar
O canto do mar
Com minha voz
De cantor
E fazer do meu canto
Um brado tão fundo
Que só
Um grande amor atinge
Pra amolecer o mundo
E seu coração
De esfinge
E seu coração
De esfinge
E seu coração
De esfinge


Kleiton/Kledir

Eu hein ?
Nem pensar
Outra vez, nem pensar
Embolou, foi demais
Pega leve , baby

Eu hein ?
Nem pensar
Outra vez, nem pensar
Já sartei, foi demais
Dá um tempo pra mim

Deixa assim
Mal ou bem, bem ou mal
Conjunção sol e sol é fogo
Baby

E aí, se rolar
É sinal que valeu
Que o destino escreveu a vida
Baby

Eu hein ?
Nem pensar
Outra vez, nem pensar

Baby
Se rolar
Já pensou
Nem pensar

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