Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina

Mostrando postagens com marcador Almir Sater. Mostrar todas as postagens
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Almir Sater/Paulo Simões

Quando você dorme longe de mim
Parece que a noite não vai ter fim
Sempre que meu sono demora a chegar
Parece que o sol não quer mais raiar.

Chega de tanto faz
Deixa de vai, não vou
Você não me liga mais
Nem pra dizer alô
Vai que você me liga um dia
E eu digo que não 'tou.

Sou navegante querendo voltar
Seja meu farol, minha estrela polar
Nessa vida errante só vou ser feliz
Tendo agora em diante o que eu sempre quis.

Chega de tanto faz
Deixa de timidez
Você não me liga mais
Já vai pra lá de mês
Vai que você me liga um dia
Eu te esqueci de vez.
Se até a lua nova já se dispôs
Quando estiver cheia brilhar por nós dois...
Só pra nós dois...


 Almir Sater/Paulo Simões

Mais um verão
Já lá se vai a fugir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim

E a geração
Que a tudo fez consumir
Volta a temer profecias
De astros em conjunção
Será que chegou o fim?

Por moedas de ouro e prata
Quanta gente ainda se mata, ai, ai
Eta velho mundo louco
Quer se destruir
Aconteça pois assim

Mais um verão
E só me resta fingir
Ir ao castelo da ilusão
Sonhando ser Aladim

Poder então
Por tudo me repartir
Ser como as folhas de outono
Que voam sem direção
Dormindo em qualquer jardim

Aflição nem vou mais sentir
Se o segredo é se divertir, ai, ai
Eta velho mundo louco
Não quer mais sorrir
Entristeça, pois, enfim

Mais um verão
Já lá se vai a sumir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim

Almir Sater

Ana Bonita, meu coração é seu pode crer
Não tenha medo, não, da ilusão
A vida nos juntou por querer
Sina essa fez renascer
Fique aflita não, meu amor
Tem essa emoção seu valor
Se toda aflição fosse igual
Valeria, então, aprender

Ana Bonita, procure entender quem eu sou
Isso é bem pra lá da razão
Força da paixão transformou
Sentimento em canção
Nem o tempo fez esquecer
Nem o vento pode apagar
Essa luz a iluminar
Essa chama sempre a arder
Ana Bonita, certeza me ajudou a esperar
Desejo não parou de crescer
Se um homem não puder mais sonhar
Coisa ruim que será viver
Faça isso não, meu amor
Deixa essa menina brilhar
Lua cheia veio espiar
Nosso sangue se misturar
Essa noite eu quero prazer
Meus segredos compartilhar
Amanhã, quem sabe, saber
Como o dia vai começar.


Almir Sater/Renato Teixeira

Quem chegou primeiro
Veio do estrangeiro
E os tupiniquins
Receberam lindos presentes
De pedras baratas, porém
Vício bateu
Índios ateus, desce então

Tudo que se sonha
E liberta as asas da imaginação
É o que se pratica
Nas ondas do tempo
Nos astros e lendas
Longe do chão
Índios ou não, ilusão
Repare no firmamento
Que o céu azul foi pintado
Num letreiro estrelado
Procuro onde é que estão
Índios ou não, ilusão
E o futuro é isso
Não serão as guerras
Nem será Tupã
Restará pra gente
As noites ardentes
Os dias urgentes
Cada manhã
Índios jamais, Deus Trovão.

Chalana


Mario Zan/Arlindo Pinto

La vai uma chalana
Bem longe se vai
Navegando no remanso
Do rio Paraguai
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo
Na curva lá do rio
E se ela vai magoada
Eu bem sei que tem razão
Fui ingrato
Eu feri o seu pobre coração
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas


Almir Sater/ Paulo Simões

Nada é mais real
Que aprender maneira simples de viver
Tudo é tão normal
Se a gente não se cansa nunca de aprender
Sempre olhar como se fosse a primeira vez
Se espantar como criança a perguntar porquês
Vamos flutuar em um balão
Que sobrevoa o amanhecer
Vamos navegar
Entre os navios no horizonte a se perder
Nos lembrar
Que tudo tem sua razão de ser
E afinal eu quero apenas estar com voce
Sombras no ceu já vem
O anoitecer também com seus milhões de estrelas
Que iluminarão mais uma vez
Com a palidez da sua luz
A imensidão que a gente vê


Almir Sater/Paulo Simões/Guilherme Rondon

Cavaleiro imaginário
Cruzo as quatro direções
Meu campeio é solitário
Vou domando as emoções
Que eu já plantei
Dentro do peito
Mas me sufocam
Quando eu me deito
E assim nem sei
Se vai ter jeito

Prisioneiro temporário
De castelos e dragões
Rasbiquei no meu diário
A mais triste das canções
Jurei amor perfeito
Mas nem sabia
Tirar proveito
E eu já cansei
De andar direito

Selei meu rusilho
Saí na batalha
Faísca e rastilho
O meu fogo se espalha
Sou rei de quadrilha
E viola não falha
Meu fumo é de rolo
Cigarro de palha
Com um rádio de pilha
Varei madrugada
Escutando as modas
Bem apaixonada

Prisioneiro temporário
De castelos e dragões
Rasbiquei no meu diário
A mais triste das canções
Jurei amor perfeito
Mas nem sabia
Tirar proveito
E eu já cansei
De andar direito

Se cuida meu filho
Meu velho falava
Se tem olho gordo
Ferrolho na casa
Por causa de um brilho
De um rabo de saia
Tem ás do gatilho
Dançando em tocaia

Kikiô

Geraldo Espindola

Kikiô nasceu no centro
 
Entre montanhas e o mar
Kikiô viu tudo lindo

Todo índio por aqui

India América deu filhos

Foi Tupi foi Guarani

Kikiô morreu feliz deixando

a terra para os dois

Guarani foi pro sul

Tupi pro norte

E formaram suas tribos

cada um em seu lugar

Vez em quando se encontravam

Pelos rios da América

E lutavam juntos contra o

branco em busca de servidão

E sofreram tantas dores 

acuados no sertão
Tupi entrou no Amazonas

Guarani ainda chama...

Kikiô na lua cheia quer Tupi,
 
quer Guarani......

Angelino de Oliveira

Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor

Eu sou como o sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está
Nesta viola eu canto e gemo de verdade

Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beirachão

Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá na mata a passarada

Principia o barulhão
Nesta viola, eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

O choro que vem caindo
Devagar vai se sumindo
Como as àguas vão pro mar
Nesta viola, eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade



Almir Sater/Paulo Simões

Cubanita me lembro bem
Que foi paixão à primeira vista
Você era dentre todas
A mais bonita
Admita que quando você me viu
Sentiu coisa parecida
Me olhou com aqueles olhos
De bandida
Fez amor como bailarina
Me beijou e me enlouqueceu
Mas chorou feito uma menina
Quando amanheceu
Senhorita você fugiu
Daquela ilha socialista
Algum barbudão te deu
visto de turista
Mas assim que chegou aqui
Caiu na farra capitalista
Andava de limusine com motorista
Hermanita sabemos bem
Foi tão bom quanto tinha que ser
Mas seguimos os nossos caminhos
Porque nos convém
Reconheço bem que você me avisou
Da sua veia de artista
Sumiu...se evaporou
E não deixou pista
De repente vem gente e diz
Que te viu casada com economista
Um outro te viu
pelada numa revista
Cubanita
Onde estiver
Amsterdã
Ou em Nova Guiné
Será sempre
E não só pra mim
Uma linda mulher
Cubanita linda
Te quiero
E digan lo que digan
Te quiero
Ser
ás bienvenida
Em mi vida
Hermosa señorita
Te quiero


Almir Sater/Paulo
Simões

Quem tem viola não carece de transporte
Se for pra mode ir-se embora pros sertões
Mundão afora ele desce de carona
Do sonho sob a lona o requinte faz canções

Se por ventura lhe oferece a boa sorte
Um passaporte para além dos rumos seus
Vai sem demora, dorme hoje sob a ponte
Que aos longe do horizonte
Amanhã se prometeu

Viola acha graça
Se o dono se apaixona
Mas assim que ele sara
Ela estranha e semitona

Deitado agora em um quarto de hotel
Sem ter mais céu
Pra lhe servir de cobertor
Um vinho velho lhe conforta o calafrio
E a canção sai no feitio de um poeta fingidor 

Saudade é o diploma
De quem tem boca e foi a Roma
Tristeza é mula brava
Corcoveia mas se doma


Almir Sater/
Paulo Simões

Paixões que não desaguam no prazer
São rios que cansei de percorrer
Amigos convém pra não irmos além
De um só querer bem
Lições que não nos levam ao saber
São livros que desisto de reler
Histórias assim nem começam nem tem fim
Nem é bom ou ruim

Tanto que choveu
Tanto que molhou
Coração se encheu de amor e transbordou
Água que correu ribeirão levou
Foi pro oceano e lá se evaporou

Momentos que se vivem uma vez
São ventos a soprar por sobre as leis
Desejo não dói mas por dentro corrói
Valentia de herói
Amigos convém pra não irmos além
De um só querer bem 

Tanto que choveu
Tanto que molhou
Coração se encheu de amor e transbordou
Água que correu ribeirão levou
Foi pro oceano e lá se evaporou

Almir Sater/Paulo Simões

Mato Grosso encerra em sua própria terra
Sonhos guaranis
Por campos e serras 
a história enterra uma só raiz
Que aflora nas emoções
E o tempo faz cicatriz
Em mil canções
Lembrando o que não se diz

Mato Grosso espera esquecer quisera
O som dos fuzis
Se não fosse a guerra
Quem sabe hoje era um outro país
Amante das tradições de que me fiz aprendiz
Em mil paixões sabendo morrer feliz

E cego é o coração que trai
Aquela voz primeira que de dentro sai
E as vezes me deixa assim ao
Revelar que eu vim da fronteira onde
O Brasil foi Paraguai


Pee Wee King/Redd Stwart

I was waltzing with my darling to the Tennessee Waltz
When an old friend I happened to see
Introduced him to my loved one 
and while they were waltzing
My friend stole my sweetheart from me
I remember the night and the Tennessee Waltz 
now I know just how much I have lost
Yes I lost my little darling the night 
they were playing the beautiful Tennessee Waltz

I remember the night...


Almir Sater/Renato Teixeira

Se proteja moço
Que essa noite o frio
Vem cortando a alma
Vem que vem no cio
Vão se ouvir ao longe
Um mundo de gritos
Da dança dos lobos
O rasta bonito
Se você conhece
Você é um lobo
Que saiu das matas
Pra jogar o jogo
Mas na lua cheia
Você fica aflito
Sai na janela
E uiva bonito
Iêiêêêêêêêê....
Ao bater a noite
Seu olhar em brasa
Olha para a lua
No teto da casa
Um neon na mesa
O som nas alturas
Você vira um bicho
E o rasta te cura
Iêiêêêêêêêê....
O temor amigo
É um mito antigo
Tanto tempo faz
Que a gente se arrepia
Alma do outro mundo
Gosta é de poesia
Dos bares da moda
E de muita folia
Pode ser agora
Pode ser um dia
Pode ser jamais
E você não sabia
Que nas sextas-feiras
Das noites aflitas
As bruxas possuem
As moças bonitas
Iêiêêêêêêêê....


Almir Sater/Paulo Simões

Bota de couro surrada
Cheiro de boi ou viola
Sonhos guardados na mente
Com lábios de doce melaço
Pra todo canto que fosse
Vivendo da cantoria
Muito mais que dinheiro
Buscava farra e folia
Não quis ser o melhor
Sossego trago de longe
Não sou louco, poeta
Nem sou profeta ou monge
Mas viajar, viajei
Viajar, viajei...
Carro de boi, litorina
Lombo de burro baguá
Apeava em porto Esperança
E pegava uma barca de tranças
Remando pro Pantanal
Cantava em festa de Reis
Puxando a romaria
Cantei ao velho peão
Fiz versos pra burguesia
E de quando em quando
A dona das terras falava
Fique, violeiro
Pois tem dinheiro e pousada
Eu viajar, viajei ...


Almir Sater/Renato teixeira
 

Vou nas asas dessa manhã
E bons tempos me levarão
Para Goiás, Minas Gerais e Maranhão
Vai, como quem pra guerra vai
Que depois eu vou com você
Vai, pra além daqui, além dali, além de nós

Êta destino mais atrevido
Seguir em seguir, seguindo
Por aí feito um cigano
Eu aprendi a ver esse mundo
Com meu olhar mais profundo
Que é o olhar mais vagabundo

Eu ando pelas estradas
Quem sabe a gente já se viu
Por aí, um dia, quem sabe

Nessa vida tudo se faz sob três missões naturais
Primeiro nascer, depois viver e aprender
Só o aventureiro é capaz de partir e não voltar mais
Se realizar, depois sonhar, então morrer

Disse meu pai: não lhe digo menino
Você há de aprender com o sino
Qual o rumo, qual a direção
E disse o sino: alegria garoto
Esse pai será sempre o seu porto
Não se acanhe se houver solidão Eu ando pelas estradas
Quem sabe a gente já se viu
Por aí, um dia, quem sabe

Almir Sater/Kapenga/João Bá

Seca o gigante do mundo penado

Vaga tangido
Brada gemidos
Sai derradeiro vivente a voar
Cordilheiras passadas na vida

Vai e cai e cansa distante
Neste rasante longe dos montes
Ser coração no latejo final
No abismo da fera faminta
Treme a terra e perde a paz 

Vai condor, cai condor
Cai condor

Razões

 

Almir Sater / Paulo Simões


Conte comigo meu amigo
Se for pra te dar a mão
Mas se for pra correr perigo
Que seja boa a razão

Conte comigo que eu brigo
Se for esta a condição

Para que a gente realize então
Aquela velha mas sincera ambição

Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão

Escute amigo um aviso
Que eu te dou por precaução
Fui educado à antiga
E prezo ter reputação
Mas conte comigo
Eu te sigo ao chegar
A decisão
E não aceito recompensa
Se a gente faz o que pensa
Não quer remuneração
E a gente vai realizar
Pois não, aquela velha
Mas sincera ambição
Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão

 

Almir Sater / Renato Teixeira


Quando uma estrela cai, no escurão da noite,
e um violeiro toca suas mágoas.
Então os "óio" dos bichos, vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas de um sertão enluarado.
Quando o amor termina, perdido numa esquina,
e um violeiro toca sua sina.
Então os "óio" dos bichos, vão ficando entristecidos
Rebrilham neles lembranças dos amores esquecidos.
Quando o amor começa, nossa alegria chama,
e um violeiro toca em nossa cama.
Então os "óio" dos bichos, são os olhos de quem ama
Pois a natureza é isso, sem medo, nem dó, nem drama
Tudo é sertão, tudo é paixão, se o violeiro toca
A viola, o violeiro e o amor se tocam...

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