Cadernos de Música

A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina

Capinam/Fagner


Seria a última mentira
Uma canção de amor
Iluminada pelos astros
O desastre tirou o trem dos trilhos
E o brilho frio das estrelas
Ilumina o metal dos risos
Esfrangalhados dos meninos
Passageiros descuidados
Dos sentimentais caminhos
Onde os astros noturnos cadentes
Fatalmente anunciavam...
Dorme,
Que ao lado dorme a paisagem
E os amantes tristes dormem
Iluminados pela dor do nunca mais.

Abílio Manoel

Eu encontrei um dia
Um cavaleiro andante
Um senhor elegante
Nesta cidade grande
Ele montava um Corcel 70
Com 80 cavalos
De sua própria fazenda
Ele trazia um brasão no peito
E o lema tradição
Família e seus direitos
Ele falava, falava, falava em vários idiomas
Tinha amor à Pátria
E mais outros sintomas.

Talvez você não saiba
Ou visse como eu vi
Existe um cavaleiro
Prá cada brasileiro
Pro bem do Patropi

Carlos Dafé

Não quero mais saber de ti
Vou me recuperar, quero sorrir
Esquecendo a quem amei
Pra que vou recordar o que chorei
Se uma frase já não basta
Pra dizer tudo o que sinto
Quando bate um coração
Pra evitar os sofrimentos
Não se deve nessa vida
Se envolver com a ilusão
Não quero mais saber de ti
Vou me recuperar, quero sorrir
Esquecendo a quem amei
Pra que vou recordar o que chorei

Não quero mais saber de ti
Vou me recuperar, quero sorrir
Esquecendo a quem amei
Pra que vou recordar o que chorei
Se uma frase já não basta
Pra dizer tudo o que sinto
Quando bate um coração
Pra evitar os sofrimentos
Não se deve nessa vida
Se envolver com a ilusão
Não quero mais saber de ti
Vou me recuperar, quero sorrir
Esquecendo a quem amei
Pra que vou recordar o que chorei



  
Zé Renato / Juca Filho / Claudio Nucci

Vem morena ouvir comigo essa cantiga
Sair por essa vida aventureira
Tanta toada eu trago na viola
Prá ver você mais feliz

Escuta o trem de ferro alegre a cantar
Na reta da chegada prá descansar
No coração sereno da toada, bem querer

Tanta saudade eu já senti, morena
Mas foi coisa tão bonita
Da vida, nunca vou me arrepender

Morena, ouve comigo essa cantiga
Sair por essa vida aventureira
Tanta toada eu trago na viola
Prá ver você mais feliz

Escuta o trem de ferro alegre a cantar
Na reta da chegada prá descansar
No coração sereno da toada, bem querer

Tanta saudade eu já senti, morena
Mas foi coisa tão bonita
Da vida, nunca vou me arrepender

Vem morena
Vem morena ouvir comigo essa cantiga
Sair por essa vida aventureira
Tanta toada eu trago na viola
Prá ver você mais feliz

Escuta o trem de ferro alegre a cantar
Na reta da chegada prá descansar
No coração sereno da toada, bem querer

Emiliano Brancciari

Cosas buenas tiene el hombre
y a veces no las sabe disfrutar
y se amarga por las voces
que le dicen que no puede progresar
y se siente lastimado
por lo poco que le importa a los demás
y se siente defraudado
si no tiene a quien juzgar
cosa linda me trajo la vida
que no necesito más
no le importa si tengo plata o si no
y no deja de cantar
quiere estar en la ventana
y le dice al que sea dejame bailar
que le preste la guitarra
y no sabe la alegría que me da

 

Oswaldo Avena / Facundo Cabral


No hay hijos ni cosecha
con la tristeza,
que digo, con la tristeza.
Que el hombre sólo es dueño
de lo que goza,
que digo, de lo que goza,
Que no hay mejor futuro
que un buen presente
que digo, que un buen presente.
No hay fuerza que detenga
a la esperanza,
que diga, a la esperanza,
con ella nadie me alcanza.
No hay peste más danina
que la ignorancia
que digo, que la ignorancia
No hay hembra más inutil
que la nostalgia
que digo, que la nostalgia
La liberdad es la madre
de las bellezas
que digo, de las bellezas
No hay fuerza que detenga
a la esperanza,
que diga, a la esperanza,
con ella nadie me alcanza.

Altay Velloso/Paulo Feital


Mas que prazer te rever, que bom te encontrar
Ah! Nesses anos a vida te fez remoçar
Não, não precisa fingir, 

nunca foi o teu forte fingir pra agradar
Pra mim o tempo passou, mas vamos sentar e sair da calçada
Sem colarinho e com fé, que é pra gente esquentar
Uma porção de filé e um conhaque do bar
Não, nunca vou me mudar, 

é a mesma casinha onde fomos morar
vê se vai me visitar, as coisas continuam no mesmo lugar
O salgueiro que você plantou
De chorar quase morreu, resistiu e cresceu
Mas o cão adoeceu, sentiu sua falta demais
E a roseira lá de trás, deu rosa e concebeu,

sem espinhos uma flor
que tem seu cheiro e o meu.
Garçom me traga mais dois que é pra comemorar
Traz um traçado depois que é pro santo agradar
Não, não perdi a mania, ainda durmo fumando
Ainda queimo o colchão
Claro que lembro do dia, em que quase morri
E ninguém me acordava.
Nossos retratos de amor, eu não pude rasgar
Quando você se casou, pensei em me matar
Tua loucura foi tanta, casar por vingança só mesmo você
Mas não perdi a esperança
As coisas continuam no mesmo lugar
O salgueiro que você plantou
De chorar quase morreu, resistiu e cresceu
Mas o cão adoeceu, sentiu sua falta demais
E a roseira lá de trás, deu rosa e concebeu, 

sem espinhos uma flor
que tem seu cheiro e o meu.
Pede a conta, meu amor
E volta pro que é teu.

Beto Guedes

Dentro de mim uma estrela arde no peito e derrama
Calma, coração, a razão não é dona do destino
Toda emoção mulher
Toda mulher é uma lua de claridade e mistério
Nasceu pra ser minha estrela da guia
Companhia para o que Deus quiser
Pode ter razão de queimar a cidade então
E com outro amor, como se nada for
Quatrocentos golpes no beijo que não me deu
E também doeu, como se nunca mais
Quero bem comigo essa fera
Deusa que tudo reclama
É como eu, bem capaz de perder o seu juízo
Tal qual um ser qualquer
Eu por minha vez, um menino
Filho de leite das ruas
No vendaval e meus olhos jorrados de desejo
Com a rapidez da luz
Pode ter razão de queimar a cidade então
E com outro amor, como se nada for
Quatrocentos golpes no beijo que não me deu
E também doeu, como se nunca mais


Djavan

Solidão de manhã,
Poeira tomando assento
Rajada de vento,
Som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã
A paixão puro afã,
Místico clã de sereia
Castelo de areia,
Ira de tubarão, ilusão
O sol brilha por si
Açaí, guardiã
Zum de besouro um imã
Branca é a tez da manhã
Solidão de manhã,
Poeira tomando assento
Rajada de vento,
Som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã
A paixão puro afã,
Místico clã de sereia
Castelo de areia,
Ira de tubarão, ilusão
O sol brilha por si
Açaí, guardiã
Zum de besouro um imã
Branca é a tez da manhã 

Benito di Paula


O amor que eu tenho guardado no peito
Me faz ser alegre, sofrido e carente
AH!! Como eu amei
Eu sonho, sou verso,
sou terra, sou sol
sentimento aberto

AH!! Como eu amei
AH!! Eu caminhei
AH!! Não entendi

Eu era feliz, era a vida
Minha espera acabou
Meu corpo cansado e eu mais velho
Meu sorriso sem graça chorou

AH!! Como eu amei
AH!! Eu caminhei

Tem dias que eu paro
Me lembro e choro,
Com medo eu reflito que
nao fui perfeito

AH!! Como eu amei
Eu sonho, sou verso,
sou terra, sou sol
sentimento aberto

AH!! Como eu amei
AH!! Eu caminhei
AH!! Não entendi

Eu era feliz, era a vida
Minha espera acabou
Meu corpo cansado e eu mais velho
Meu sorriso sem graça chorou

AH!! Como eu amei
AH!! Eu caminhei

 

João Bosco/Aldir Blanc


Sai com a patroa pra pescar
No canal da barra uns siris pra rechear
Siri como ela encheu de me avisar
Era o prato predileto do meu compadre Anescar
Levei arrastão e três puçás
Um de cabo outros dois de jogar
De isca um sebo da véspera, e pra completar cachaça Iemanjá
Birita que dá garantia de ter maré cheia
Choveu siri do patola, manteiga, azulão, um camaleão,
No tapa a minha patroa espantou três sereias.
Na volta ônibus cheio, o balde derramou
Em pleno coletivo um gato se encrespou
O velho trocador até gritou: - não bebo mais!
Siri passando em roleta, mesmo pra mim é demais!
De medo o motorista perdeu a direção
Fez um golpe de vista, raspou num caminhão
Pegou um pipoqueiro, um padre, entrou num butiquim
O português da gerência, quase voltou pra Almerim...
Quiseram autuar nossos siris
Mas minha patroa subornou a guarnição
Então os cana-dura mais gentis
Levaram a gente e os siris pra casa na Abolição
Depois do "té logo", "um abração"
Fui botar os siris pra ferver
Dentro da lata de banha
Era um tal de chiar, pagava pra ver
Tranqüilo o compadre Anescar colocando o azeite
Foi um trabalho de cão, mas valeu o suor
Croquete, bobó, panqueca, siri recheado, fritada e o cacete.
O Anescar chegou com uma de alambique
Me perguntou se eu era Mendonça ou Dinamite
Abri uma lourinha, trouxe um prato de croquete
O Anescar mordeu um, feito que quem come gilete
Baixou minha patroa: Anesca, que qui há?
O Anescar gemeu
dieta de lascar
O médico mandou que eu coma tudo que pintar
Até cerveja e cachaça
Menos os frutos do mar.


Antonio Carlos/Jocafi

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona é sofredor
Que eu já nem sei
Se é meninice ou cafonice o meu amor

Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

E me perdoe se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o amor

Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

 Zé Ramalho


Ainda há pouco, era apenas uma estrela
Uma imensa tocha antes do mergulho
Agora vem à tona
Sua ira é intensa
E você deseja saber
Se há algo
Que possa acalmá-lo outra vez
Os pássaros
A lua cheia e todo o céu leitoso
E todas as formas da natureza
Mostravam a grandeza do mundo
Em lágrimas
Condenado como ulisses
E como príamos
Morto com seus companheiros
Morto com seus companheiros
Morto.... Apareceu.....
No momento em que a lua ia se elevando
E todo pranto forma a imagem do homem
Ainda há pouco, era apenas uma estrela
Uma imensa tocha antes do mergulho
Agora vem à tona
Sua ira é intensa
E você deseja saber
Se há algo
Que possa acalmá-lo outra vez
Os pássaros
A lua cheia e todo o céu leitoso
E todas as formas da natureza
Mostravam a grandeza do mundo
Em lágrimas
Condenado como ulisses
E como príamos
Morto com seus companheiros
Morto com seus companheiros
Morto.... Apareceu.....
No momento em que a lua ia se elevando
E todo pranto forma a imagem do homem


Abílio Manoel


Por favor apareça,
Antes que anoiteça
E se faça tarde e eu preciso encontrá-la...

Por caminhos que ando
Eu vou me enganando
Perdido em meu sonho
Eu já não sei pra onde irei...

Andréa
Vem chegando o fim do dia
Vai ficando mais vazia
A cidade onde eu te conheci

Andréa
A procura deu em nada
E eu à toa na calçada
Esperando ela passar por aqui...

Carlos Dafé

Chora a tristeza de viver assim
A loucura tomará conta de mim
Por que você me abandonou?
E eu que lhe dediquei
Todo um grande amor
Vou pelas noites a vagar
Até você voltar num raio de sol
Mas se sentir que vale a
Pena
Venha matar saudades
Mas venha pra ficar
Por que você me abandonou?
E eu que lhe dediquei
Todo um grande amor
Vou pelas noites a vagar
Até você voltar num raio de sol
Mas se sentir que vale a
Pena
Venha matar saudades
Venha matar saudades
Venha matar saudades

Adriana Calcanhotto


Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

 

Tony Osanah / Enrique Bergen


A terra nova era um paraíso,
o milho alto e os rios puros.
Dormia o ouro a cobiça ausente,
era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores,
os africanos e os aventureiros.
O índio altivo se mesclou ao escravo:
nascia um novo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos.
O ódio à toa levantou paredes.
A baioneta desenhou fronteiras.
A estupidez nos separou em bandeiras.

Tenho um filho nessa terra,
foi um amor sem passaportes.
Se o gestar foi brasileiro
não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua tem um toque de imigrantes.
Levantaram com seus sonhos
um país que não tem donos.

O suor fecunda o solo e a semente não pergunta:
Brasileiro ou imigrante? Só o fruto é importante.
Não me sinta forasteiro.
Não me invente geografias.
Sou tua raça, sou teu povo,
sou teu irmão no dia-a-dia.

Ivan Lins



Desde pequeno eu estou por aqui
Na mesma vida que sempre aprendi
Bicho de rio e de mato
Peixe criado em lagoa
Voa tristeza, voa vento, voa tempo voa

O cavaleiro na estrada sem fim
O contador de uma historia de mim
Vivo do que faz meu braço
Meu braço faz o que a terra manda
Voa tristeza, voa vento, voa tempo voa

Mas qual de nós não carrega no peito
Um segredo de amor escondido
Diga quem nunca levanta de noite
Querendo de volta o perdido

Oooô ooô
Quem saberia perder

Quem saberia perder

O cavaleiro na estrada sem fim
O contador de uma historia de mim
Vivo do que faz meu braço
Meu braço faz o que a terra manda
Voa tristeza, voa vento, voa tempo voa

Mas qual de nós não carrega no peito
Um segredo de amor escondido
Diga quem nunca levanta de noite
Querendo de volta o perdido

Quem saberia perder

Quem saberia perder

Júlio Caesar/Abílio Manoel


Novo sol acende a rua
Pela rua nasce a feira
Feira de barraca e sombra
Sombra é feito gente
Gente ao redor do mundo.
Mundo gira feito bola
Bola é coisa de criança
Ser criança é ter um sonho
É um pedaço de vida
Vida sob o novo sol, novo sol, novo sol.

Faz ciranda no tempo uma corrente
Na cabeça, no céu um vendaval
Que a história não fica diferente
Quando quebra a bola de cristal.

Sangue novo é como fogo
Fogo cresce com o vento
Vento traz um tempo triste
Triste é não ver na chuva
A ciranda das águas.
Pingo d'água é fantasia
Fantasia molha o rosto
Rosto calmo na janela
Moldura de arco-íris
Colorindo teus olhos, novo sol, novo sol.

Faz ciranda...
Há uma criança no rosto
Velhos e moços na rua
Há uma cantiga-de-roda
De sol e chuva a ciranda.

Razões

 

Almir Sater / Paulo Simões


Conte comigo meu amigo
Se for pra te dar a mão
Mas se for pra correr perigo
Que seja boa a razão

Conte comigo que eu brigo
Se for esta a condição

Para que a gente realize então
Aquela velha mas sincera ambição

Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão

Escute amigo um aviso
Que eu te dou por precaução
Fui educado à antiga
E prezo ter reputação
Mas conte comigo
Eu te sigo ao chegar
A decisão
E não aceito recompensa
Se a gente faz o que pensa
Não quer remuneração
E a gente vai realizar
Pois não, aquela velha
Mas sincera ambição
Conte comigo eu te sigo
Para enfrentar o castigo
Ou ter glórias de um campeão

 

Fausto Nilo/Fagner


Velha estampa na parede, a toalha do jantar
Na fumaça um anjo negro vai chegar
Por traz da veneziana, a cigana me falar
Que um inferno monstruoso vai entrar

Mas se o astro vagabundo
na verdade vai chegar
Não quero ver o fim do mundo
Vou dormir em seu jardim

Fátima Guedes


Flor de ir embora
É uma flor que se alimenta do que a gente chora
Rompe a terra decidida
Flor do meu desejo de correr o mundo afora
Flor de sentimento
Amadurecendo aos poucos a minha partida
Quando a flor abrir inteira
Muda a minha vida
Esperei o tempo certo
E lá vou eu
E lá vou eu
Flor de ir embora, eu vou
Agora esse mundo é meu


 

Geraldo Azevedo/Moraes Moreira

 
Interpretada por Danielle Bomfim - Voz e Viol
ão
De todo lado é bonito
São dois estados de espírito
No meio fico, e não nego
Navego no Velho Chico
De todo lado é bonito
São dois estados de espírito
No meio fico, e não nego
Navego, navego no Velho Chico
Meu barco é um coração
E vai sem mágoa
Nas águas dessa paixão até o cais
Beira do rio Pernambuco-Bahia
Todo vapor, marinheiro
Pode trazer meu amor, Juazeiro
Bela menina
Pode trazer meu amor, Petrolina e Juazeiro
Pernambuco-Bahia
Todo vapor, marinheiro
Pode trazer meu amor, Juazeiro
Bela menina
Pode trazer meu amor, Petrolina e Juazeiro
De todo lado é bonito
São dois estados de espírito
No meio fico, e não nego
Navego no Velho Chico
De todo lado é bonito
São dois estados de espírito
No meio fico, e não nego
Navego, navego, navego no Velho Chico
Meu barco é um coração
E vai sem mágoa
Nas águas dessa paixão até o cais
Beira do rio Pernambuco-Bahia
Todo vapor, marinheiro
Pode trazer meu amor, Juazeiro
Bela menina
Pode trazer meu amor, Petrolina e Juazeiro
Pernambuco-Bahia
Todo vapor, marinheiro
Pode trazer meu amor, Juazeiro
Bela menina
Pode trazer meu amor, Petrolina e Juazeiro
De todo lado é bonito...
Petrolina-Juazeiro / Jorge de Altinho
Na margem do São Francisco
Nasceu a beleza
E a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina

Pra não morrer de saudadce
Vou voltar pra Petrolina
Do outro lado do rio
Tem uma cidade

Que na minha mocidade
Eu visitava todo dia
Atravessava a ponte
Ai, que alegria

Chegava em Juazeiro
Juazeiro da Bahia
Hoje me lembro
   
Que no tempo de criança
Esquisito era a carranca
E o apito do trem
Mas achava lindo

Quando a ponte levantava
E o vapor passava
Num gostosa vai e vem
Petrolina, Juazeiro

Juazeiro, Petrolina
Todas as duas eu acho
Uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro

E adoro Petrolina

Gilson/Joran


Nós dois, já não somos os mesmos
Não dá pra tampar
O sol com a peneira
E nos enganar
Se vê no olhar o que a boca não diz
Você não é feliz

Nem eu
E é por isso que a gente não se entende mais
E quando a gente transa
Amor já não faz
Essa é a razão da insatisfação
Tá faltando paixão

E aí nós ficamos brigando até mesmo na rua
Eu saio arranhado e você semi-nua
E da última vez ainda temos
Sinais de lesões corporais

Você fica de mal comigo e com raiva da vida
Se cai na rotina
Eu vou pra bebida
Será que a gente não se gosta mais

A gente quebra a monotonia, esbanjando baixaria
E o coração que se arrebente
A gente tá passando dos limites
Tantas mágoas, acredite
Não há amor que aguente

 Tom Jobim / Luiz Bonfá


A correnteza do rio vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo
Zombando do meu amor
Zombando do meu amor

Na barranceira do rio o ingá se debruçou
E a fruta que era madura
A correnteza levou,
A correnteza levou
A correnteza levou, ah

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou
Depois da chuva passada céu azul se apresentou
Lá à beira da estrada, vem vindo o meu amor
Vem vindo o meu amor
Vem vindo o meu amor

Oh, dandá, oh, dandá, oh, dandá, oh, dandá
E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou

A correnteza do rio vai levando aquela flor
E eu adormeci sorrindo
sonhando com nosso amor
Sonhando com nosso amor
Sonhando...

Oh, dandá, oh, dandá
Oh, dandá, oh, dandá, oh, dandá

 

Fausto Nilo/Fagner


Nunca houve uma mulher como você
Em milhões de anos luz de solidão
Minhas noites novamente são azuis
Minhas tardes são douradas de verão
Você é o meu paraíso
A pessoa que eu tanto preciso
Com loucura e paixão
Eu rezo com o teu olhar
Eu gozo com a tua voz
Esse amor arrebenta com tudo
Parece até que o mundo
Não sobrevive sem nós
Nunca ouve uma mulher como você
Entre tantas que já tive em minhas mãos
Eu preciso acreditar que sou feliz
Mas persigo os teus mistérios como um cão
E tudo parece tão claro
E tudo parece perfeito
Mas quando acordo e me vejo
O espelho diz que não
Quem sonha contigo molha a cama
Quem te ama dorme à sombra de um vulcão
Quem sonha contigo molha a cama
Quem te ama dorme à sombra de um vulcão
Parece até que o mundo
Não sobrevive sem nós
Nunca ouve uma mulher como você
Entre tantas que já tive em minhas mãos
Eu preciso acreditar que sou feliz
Mas persigo os teus mistérios como um cão
E tudo parece tão claro
E tudo parece perfeito
Mas quando acordo e me vejo
O espelho diz que não
Quem sonha contigo molha a cama
Quem te ama dorme à sombra de um vulcão

Gilberto Gil


Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleja ...
Que veleje nesse informar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut de acessar
O chefe da Mac Milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus para atacar os programas no Japão
Eu quero entrar na rede para contatar
Os lares do Nepal,os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar...

Belchior


Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e de ver o verde da cana..
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. 

Eu sou como você. 
Eu sou como você
que me ouve agora. 

Eu sou como você. 
Como Você.

Gonzaguinha


Acreditava na vida
Na alegria de ser
Nas coisas do coração
Nas mãos um muito fazer
Sentava bem lá no alto
Pivete olhando a cidade
Sentindo o cheiro do asfalto
Desceu por necessidade
O Dina
Teu menino desceu o São Carlos
Pegou um sonho e partiu
Pensava que era um guerreiro
Com terras e gente a conquistar
Havia um fogo em seus olhos
Um fogo de não se apagar
Diz lá pra Dina que eu volto
Que seu guri não fugiu
Só quis saber como é
Qual é
Perna no mundo sumiu
E hoje
Depois de tantas batalhas
A lama dos sapatos
É a medalha
Que ele tem pra mostrar
Passado
É um pé no chão e um sabiá
Presente
É a porta aberta
E futuro é o que virá, mas, e daí?
ô ô ô e á
O moleque acabou de chegar
ô ô ô e á
Nessa cama é que eu quero sonhar
ô ô ô e á
Amanhã bato a perna no mundo
ô ô ô e á
É que o mundo é que é meu lugar

Geraldo Vandré
 

Ama que tudo é só amar
Sonha que a vida é só sonhar
Toma do amor tudo que é bom
Toma depressa enquanto é bom
Que depois o amor é só chorar
Ama que a vida é só amar
Sonha que tudo é só sonhar
Toma do amor tudo que é bom
Toma depressa
Enquanto é bom
Que depois o amor é só chorar
Sim, depois o amor é só chorar
Depois o amor é só chorar

 
 

Geraldo Azevedo/Fausto Nilo


Interpretada por Danielle Bomfim - Voz e Viol
ão

Dona da minha cabeça 
Ela vem como um carnaval 
E toda paixão recomeça 
Ela é bonita, é demais 

Não há um porto seguro 
Futuro também não há 
Mas faz tanta diferença 
Quando ela dança, dança 
 
Eu digo e ela não acredita 
Ela é bonita demais 
Eu digo e ela não acredita 
Ela é bonita, é bonita 
 
Dona da minha cabeça 
Quero tanto lhe ver chegar 
Quero saciar minha sede 
Milhões de vezes, milhões de vezes 

Na força desta beleza 
É que eu sinto firmeza e paz 
Por isso nunca desapareça 
Nunca me esqueça, não te esqueço jamais 
Eu digo e ela não acredita... 

 

João Bosco/Aldir Blanc


Dotô,
jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação, começou a cantar.
Tem mais,
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
sem dó falou ,que por ela eu podia cegar.

Se eu dou,
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
Bastou,
Durante dez noites me faz jejuar
Levou,
As minhas cuecas pro bruxo rezar.
Coou,
Meu café na calça prá me segurar

Se eu tô, 
Devendo dinheiro e vem um me cobrar
e vem um me cobrar
Dotô,
A peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois,
Se eu mudo de emprego que é prá melhorar
Vê só,
Convida a mãe dela prá ir morar lá

Dotô,
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Calor,

Mas veste o casaco prá me atazanar
E ontem,
Sonhando comigo mandou eu jogar
No burro,
E deu na cabeça a centena e o milhar
Ai, quero me separar

 

Clodô/Clésio


Um dia vestido
De saudade viva
Faz ressuscitar
Casas mal vividas
Camas repartidas
Faz se revelar
Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar










 Dalton Beloti

O amor não tem cor
O amor não tem idade
O amor não vê cara
Nem religião
Não faz diferença do rico e do pobre
O amor só precisa de um coração
O amor não tem tom
Nem nacionalidade
Dispensa palavras basta um olhar
O amor não tem hora nem fórmula certa
Não manda recados chega pra ficar
O amor chegou em minha vida
Quando eu te encontrei
Olhei no teu olhar e me apaixonei
Foi tanta emoção não deu pra segurar
Amor, contigo ao meu lado
É cada vez maior
Quero me batizar no sal do teu suor
E ter a vida inteira pra poder te amar
Te quero te desejo
Vem me dar carinho
Não quero nunca mais ficar sozinho
Você é tudo que sonhava o meu coração
Te quero te desejo
Vem me dar carinho
Não nunca mais ficar sozinho
Você é a razão maior da minha paixão

Caetano Veloso


Então tá combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade.
Não tem nenhum engano nem mistério.
É tudo só brincadeira e verdade.
Podemos ver o mundo juntos,
Sermos dois e sermos muitos,
Nos sabermos sós sem estarmos sós.
Abrirmos a cabeça
Para que afinal floresça
O mais que humano em nós.
Então tá tudo dito e é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
de música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro.
Mas e se o amor pra nós chegar,
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?
Mas e se o amor já está,
se há muito tempo que chegou
E só nos enganou?
Então não fale nada, apague a estrada
Que seu caminhar já desenhou
Porque toda razão, toda palavra
Vale nada quando chega o amor...

Geraldo Vandré


Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer



Geraldo Azevedo/Capinam
 


 
Interpretada por Danielle Bomfim - Voz e Violão 
Moça bonita 
Seu corpo cheira 
Ao botão de laranjeira 
Eu também não sei se é 
Imagino e desatino 
É um cheiro de café 
Ou é só cheiro feminino 
Ou é só cheiro de mulher 

Moça bonita 
Seu olho brilha 
Qual estrela matunina 
Eu também não sei se é 
Imagina a minha sina 
É o brilho puro da fé 
Ou só brilho feminino 
Ou é só brilho de mulher 

Moça bonita 
O seu beijo pode 
Me matar sem compaixão 
Eu também não sei se é 
Ou pura imaginação 
Pra saber você dê 
Esse beijo assassino 
Nos seus braços de mulher 

 

Raul Seixas/Cláudio Roberto


Mesmo que me aperte essa sensação sem nome
Ou que me faça engolir a seco a minha sede é de
Ângela, Ângela, Ângela

Quantas vezes eu me quis negar
Mas o meu rio só corria em direção ao mar, em direção ao mar de
Ângela, Ângela, Ângela

Rouba do meu leite agora
O gosto da minha vitória
Do meu amor, do meu amor por mim

Eu que me achava o rei do fogo e dos trovões
Eu assisti meu trono desabar cedendo as tentações, as tentações de
Ângela, Ângela, Ângela

Minha espada erguida para a guerra com toda fúria que ela encerra,
No entanto, no entanto, é tão doce, tão doce para
Ângela, Ângela, Ângela

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