Petrucio Maia/Antonio Brandão
Em minha rua
Não há noite nem dia
Não há vida nem há morte
Não há pranto nem cantar
A minha rua
Não é cheia nem vazia
Não tem destino nem sorte
Nem morte nem viajar
Em minha rua
Não há chuva nem há frio
Não há calor nem estio
Não há rio, não há mar
Nenhuma lua
Nenhum sol nem segredo
Não há glória nem há medo
Não há cor nem olhar
Em qualquer parte
Na calçada ou no batente
Eu me deito, eu me sento
E pego meu violão
Deixo que o vento
Traga estampas coloridas
Em papéis de chocolate
Pra cobrir minha canção
Deixo que o vento
Traga a morte que eu não tive
Traga a noite que não vive
Dentro do meu coração
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