Belchior
Meu cordial brasileiro (um sujeito)
me conta o quanto é contente e quente
...Sorri de dente de fora, no leito,
sulamericanamente.
Meu cordial brasileiro (um sujeito)
me conta o quanto é contente e quente
...Sorri de dente de fora, no leito,
sulamericanamente.
O Senhor não me perdoa
eu não entrar numa boa e
perder sempre a esportiva,
frente a esta gente indecente,
que come, drome e consente;
que cala, logo está viva.
eu não entrar numa boa e
perder sempre a esportiva,
frente a esta gente indecente,
que come, drome e consente;
que cala, logo está viva.
Também estou vivo, eu sei,
mas porque posso sangrar;...
e mesmo vendo que é escuro,
dizer que o sol vai brilhar
mas porque posso sangrar;...
e mesmo vendo que é escuro,
dizer que o sol vai brilhar
com/contra quem me dá duro,
com o dedo na cara,
me mandando calar.
com o dedo na cara,
me mandando calar.
Menina,
ainda tenho um cigarro,
ainda tenho um cigarro,
mas eu posso lhe dar.
Menina,
a grama está sempre verde,
Menina,
a grama está sempre verde,
mas eu quero pisar.
Menina,
a Estrela do Norte não saiu do lugar.
Menina,
asa branca, assum preto,
Menina,
a Estrela do Norte não saiu do lugar.
Menina,
asa branca, assum preto,
sertão não virou mar.
Menina,
o show já começou,
Menina,
o show já começou,
é bom não se atrasar.
Menina,
é proibida a entrada,
Menina,
é proibida a entrada,
mas eu quero falar
com/contra quem me dá duro,
com o dedo na cara,
me mandando calar
Que o pecado nativocom o dedo na cara,
me mandando calar
é simplesmente estar vivo,
é querer respirar.
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