Lá onde o sol descansa
Amarra sua luz no vento que balança
No veio do horizonte o meio que arredonda
Um caminho de paz
Lá onde a dor não vinga
Nem mesmo a solidão extensa da restinga
Até aonde a vista alcança é alegria
Um mundo de paz
Lá onde os pés fincaram alma
Lá onde os deuses quiseram morar
Lá o desejo lá nossa casa lá
Lá onde não se perde
A calma e o silêncio nada se parece
Nem ouro , nem cobiça, nem religião
Um templo de paz
Lá onde o fim termina
Descontinua o tempo o tempo que ainda
Herança que deixamos do nosso lugar
Um canto de paz
Abel Silva/Fagner
Meu riso na cara do tempo
O olho por dentro, o dente por fora
Meu riso na boca do vento
Conheço a cor dos teus cabelos
Conheço a cor dos olhos teus
É verde, azul, é negro
Como uma noite sem lua, é claro
Como uma frase não dita
É dessa cor, é dessa cor
É dessa cor
Depende do dia, da tarde morena
Depende do amor de minha pequena
Tavinho Moura / Márcio Borges
Céu carrossel, a roda-ciranda
Enrola teu ser ao meu
Vejo passar o véu da manhã
Tão cristalina luz
Ilumina
Sol, girassol e tudo mais
Tudo por ti
Cigana, meu mal
Rodando a saia
Viagem das mãos
Sapateava meu coração
Céu, carrossel, a roda-cigana
Enrola teu ser ao meu
Tanto lugar
Viagem das mãos
E no limiar do cais
De teu corpo
Concha de mar salina
Não pode ser
Melhor nem pensar
Mas como é sentimento real
Depois talvez o tempo dirá
Céu, carrossel, a roda-cigana
Concha de mar salina
Não pode ser
Melhor nem pensar
Mas como é sentimento real
Depois talvez o tempo dirá
Sur de la orilla de acá
de mi río que corta
una tarde naranja
cuenta un sauce llorón
que la oía cantar
junto al agua dorada
miel del litoral
río tibio, calor
un sabor que no alcanza.
corre la canción
por mis pagos de allá
agua dulce y salada.
hay, lo que vino a pasar
nada mas por mirar una astilla quebrada
ese tren se salteó
la parada esperanza.
norte, trigo y calor
una brisa arrimó
un amargo de caña
no se oyó al cardenal
anunciando que ya
levantaba la helada
hay, lo que vino a pasar
nada más por mirar una astilla quebrada
ese tren se salteó
la parada esperanza
Claudio Nucci/Luiz Fernando Gonçalves
Velho companheiro
Que saudade de você
Onde está você?
Choro nesse canto a tua ausência
Teu silêncio
E a distância que se fez
Tão grande
E levou você de vez daqui
Sabe, companheiro,
Algo em mim também morreu
Desapareceu
Junto com você
E hoje esse meu peito mutilado
Bate assim descompassado
que saudade de você
Velho companheiro
Que saudade de você
Onde está você?
Choro nesse canto a tua ausência
Teu silêncio
E a distância que se fez
Tão grande
E levou você de vez daqui
Sabe, companheiro,
Algo em mim também morreu
Desapareceu
Junto com você
E hoje esse meu peito mutilado
Bate assim descompassado
que saudade de você
Para Mario Marins
Celso Fonseca /Ronaldo Bastos
Dorme, tudo dorme
Sobre o mundo cai o véu
Veste o infinito
Véu da noite, cai do céu
Se outro alguém te lembrar de nós dois
Não diz pra esse alguém
O que passou e ficou pra depois
Seja o que for além
De mim
Ninguém
Assim
Sonha, tudo sonha
O universo vai ao léu
Verso do meu sonho
Flor da noite, carrossel
Se outro alguém te lembrar de nós dois
Não diz pra esse alguém
O que passou e ficou pra depois
Seja o que for além
De mim
Ninguém
Assim
Ai, como a fogueira tava fria
Ai, ai, antes de você chegar
Ai, ai, ai, ai, ví a bela chovia
Uma lágrima na bacia, era seu nome que ardia
Mas não chegava a brilhar
Ai, aiê, ai, aiê, você chegou
Aiê, e tudo então se iluminou
Oh, oh, oh, oh, mas foi um rápido clarão
Chuveirinho prateado, tinha alguém à seu lado
Escurescendo o salão
Mas eu pedí à são joão
Pra incendiar, pra incendiar seu coração
O que ele fez não me ensinou
E até hoje ainda sou o seu amor Mas eu pedí à são joão
Pra incendiar, pra incendiar seu coração
O que ele fez não me ensinou
e até hoje ainda sinto o seu calor