A idéia principal do "Cadernos de Música", é a de um blog onde se pode ouvir a música e cantar acompanhando a letra. Aqui, colocarei tudo o que sempre gostei de ouvir e cantar da MPB e Música Latina
Na mão do poeta
O sol se levanta
E a lua se deita
Na côncava praça
Aponta o poente
O apronte o levante
Crescente da massa
Aos pés do poeta
A raça descansa
De olho na festa
E o céu abençoa
Essa fé tão profana
Oh! Minha gente baiana
Goza mesmo que doa
Abolição
No coração do poeta
Cabe a multidão
Quem sabe essa praça repleta Navio negreiro já era
Agora quem manda é a galera
Nessa cidade nação
Cidadão
Abolição
Pela luz que ilumina
O traçado e a triz
Não importa que seja de giz
Ela é como sempre eu quis
Rua aberta a caminho do mar
Meu amor você vai me encontrar
Numa rua qualquer por aí
Riso largo de tanto sorrir
Peito aberto de tanto de amar
Eu moro em Copacabana
Eu moro em Copacabana
Coração da América
Coração da América do Sul.
Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história que um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Dominava na Grécia e destruía
Quase toda a população tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
Sendo ela vencida, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Na velhice o sujeito nada faz
A não ser uma igreja que visita
Mas se um dia encontrar mulher bonita
Ele troca Jesus por Barrabás
Lembra logo seu tempo de rapaz
E diz pra ela: "Me ame, por favor"
A resposta que tem é: "Não, senhor
Sua idade passou, deixe de prosa"
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Eu sei que existe por ai uma andorinha solta
Procurando um verão que se perdeu no tempo
Cansou de herói do espaço
E quer a compania de outros pássaros
E que seu coração de ave,
não agüenta tanta solidão
Eu sei que eu ando por ai, sou andorinha solta
E nem sei a estação em que estou vivendo
Não quero ser herói de nada
Só quero a compania de outros braços
E que meu coração de homem, voa alto como um pássaro
Feito gente, feito fase.
Eu te amei, como pude.
Fui inteiro, fui metade.
Eu te amei, como pude. Fui a faca e a ferida.
Eu te amei como pude.
Feito bicho que se espanta.
Eu te amei como pude.
Quando chegam a morte e a vida Feito lixo que se queima.
Eu te amei como pude.
Feito chama quando arde.
Eu te amei como pude. Fui capacho, já fui lama.
Eu te amei como pude.
Fui herói, fui covarde.
Eu te amei como pude.
Feito a dor que cedo ou tarde.
Eu te amei como pude.
Dói o corpo e dói a alma. Feito água, feito vinho.
Eu te amei como pude.
Feito mágoa, feito espinho.
Eu te amei como pude. Fui um poço, pensamento.
Eu te amei como pude.
Fui a calma e a revolta.
Eu te amei como pude.
Fui a vela, fui o vento.
Eu te amei como pude.
A partida foi a volta.
Eu te amei como pude
Nada vejo por essa cidade Que não passe de um lugar comum Mas o solo é de fertilidade No jardim dos animais em jejum Esperando alvorecer de novo Esperando anoitecer pra ver A clareza da oitava estrela Esperando a madrugada vir E eu não posso com a mão retê-la E eu não passo de um rapaz comum Como e corro, trafego na rua Fui graveto no bico do anum Vez em quando sou dragão da lua Momentâneo alienígena A formiga em viva carne crua Perecendo e naufragando no mar!
A papoula da Terra do Fogo Sanguessuga sedenta de calor Desemboco o canto nesse jogo Como a cobra se contorce de dor Renegando a honra da família Venerando todo ser criador No avesso de um espelho claro No chicote da barriga do boi No mugido de uma vaca mansa Foragido como Judas em paz A pessoa que você mais ama No planeta vendo o mundo girar
E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão-de-Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se a meia-noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim, assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então de mim
Vige como tem Zé Zé de baixo, Zé de riba Desconjuro com tanto Zé Como tem Zé lá na Paraíba. Lá na feira é só Zé que faz fervura Tem mais Zé do que coco catolé Só de Zé tem uns cem na Prefeitura Outros cem no comércio tem de Zé Tanto Zé desse jeito é um estrago Eu só sei que tem Zé de dar com o pé Faz lembrar a gagueira de um gago Que aqui se danou a dizer Zé.
Num forró que eu fui em Cajazeira O cacete cantou e fez banzé Pois um "bebo" no meio da bebedeira Falou mal e xingou a mãe dum Zé Como tinha só Zé nesse zunzum Houve logo tamanho rapapé Mãe de Zé era a mãe de cada um No salão brigou tudo que era Zé...
É Zé João, Zé Pilão e Zé Maleta Zé Negão, Zé da Cota, Zé Quelé Todo mundo só tem uma receita Quando quer ter um filho só tem Zé E com essa franqueza que eu uso Eu repito e se zangue quem quiser Tanto Zé desse jeito é um abuso Mas o diabo é que eu me chamo Zé...
Abra os braços, respíre fundo
E corte os laços todos deste mundo
Com a sua imagem e semelhança
Nos mesmos traços de uma criança Muito mansa e muito louca
Com a sua voz na minha boca
Há um segundo, Jesus Cristo
Por todos nós, por tudo isso
Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei...Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descansar Viver é afinar o instrumento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei...Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descançar Viver é afinar o instrumento (de dentro)
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
Bate outra vez Com esperanças o meu coração Pois já vai terminando o verão, enfim Volto ao jardim, na certeza que devo chorar Pois bem sei que não queres voltar para mim
Queixo-me às rosas, mas que bobagem As rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti
Devias vir, para ver os meus olhos tristonhos E quem sabes sonhavas meus sonhos Por fim
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Baby! Dê-me seu dinheiro que eu quero viver Dê-me seu relógio que eu quero saber Quanto tempo falta para lhe esquecer Quanto vale um homem para amar você Minha profissão é suja e vulgar Quero um pagamento para me deitar Junto com você estrangular meu riso Dê-me seu amor que dele não preciso!
Baby! Nossa relação acaba-se assim Como um caramelo que chegasse ao fim Na boca vermelha de uma dama louca Pague meu dinheiro e vista sua roupa Deixe a porta aberta quando for saindo Você vai chorando e eu fico sorrindo Conte pras amigas que tudo foi mal Nada me preocupa, de um marginal!
Tire os pés do chão.
Vamos passear.
Longe da razão.
Sem pressa pra voltar. É só querer.
Querer buscar.
E não morrer.
E não ficar, só. Pegue a minha mão.
Vamos viajar.
Tires os pés do chão.
Sem pressa, pra voltar. É só saber.
Se entregar.
E não morrer.
E não ficar, só.